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Auditoria sobre obra da Câmara custará ao menos R$ 1 mi

Valor é 20 vezes maior que os R$ 50 mil da previsão inicial; Tião debaterá proposta

Rogério Santos
Do Diário do Grande ABC
07/08/2013 | 07:00
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Para levar adiante a auditoria sobre a construção do prédio da Câmara, a direção do Legislativo são-bernardense gastará pelo menos R$ 1 milhão, conforme mostrou consulta feita a quatro empresas consideradas referência no segmento.

O valor é 20 vezes superior aos R$ 50 mil estimados inicialmente pelo presidente do Legislativo, Tião Mateus (PT). O petista pretende apresentar os valores aos vereadores hoje, no retorno do recesso, para definir se abre certame para contratar a empresa que responderá pela auditoria ou se engaveta a proposta.

“Vamos submeter aos vereadores para saber se eles autorizam ou não a contratação (da empresa)”, disse Tião Mateus. O petista reconhece que o valor que pode ser destinado para a averiguação é acima do esperado.

“De fato é um valor alto, mas dificilmente uma empresa realiza uma auditoria por R$ 50 mil”, reconheceu.

Mesmo se tiver o aval dos parlamentares, Tião vai consultar o departamento jurídico da Câmara para verificar se é possível gastar a exorbitante quantia com a análise dos contratos.

A auditoria foi definida após aprovação do requerimento de autoria dos vereadores Fábio Landi e Rafael Demarchi (ambos de PSD), em março. No texto, os pessedistas sugerem “a contratação de empresa de auditoria independente e reconhecida nacionalmente para avaliar os projetos e contratos”.

Com base nisso, a direção da Câmara realizou consulta preliminar com as empresas Deloitte, Ernst & Yong, PWC (Pricewaterhouse) e KPMG, todas com sede na Capital. Dos quatro escritórios, três responderam o Legislativo são-bernardense.

A Deloitte foi a que apresentou a proposta de auditoria ao custo total de R$ 1 milhão. A KPMG informou que cobra R$ 2,1 milhões pelo serviço. Os representantes da Ernst & Young alegaram que não têm condições de atender a Câmara neste momento e a PWC ainda não respondeu ao Legislativo.

A princípio, o pente-fino seria feito nos contratos firmados entre novembro de 2011 e dezembro de 2012, período em que o idealizador da construção, Hiroyuki Minami (PSDB), presidiu a Câmara. Mas a mesa diretora da Casa já admite estender a análise para toda a execução da obra, concluída no fim de julho, quase um mês depois do prazo final determinado pela construtora responsável pela obra. Orçada inicialmente em R$ 28,4 milhões, a polêmica obra foi concluída consumindo cerca de R$ 35 milhões.




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