Automóveis Titulo Primeiras impressões
Suzuki Swift é uma
diversão inflacionada

Modelo é brinquedo que causa gargalhadas
em ação, mas lágrimas quando na prateleira

Lukas Kenji
Enviado a Mogi das Cruzes (SP)
03/09/2014 | 07:00
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Divulgação


Nome pouco presente no imaginário do consumidor brasileiro, o Swift volta a ser comercializado no País com a incumbência de fortificar a marca Suzuki entre os afeitos a automóveis – a imagem da japonesa é mais do que bem estabelecida entre os motociclistas. O hatch estará nas concessionárias no fim do mês apenas em configurações pseudoesportivas. O Swift Sport será tabelado em R$ 74.990 e a versão Sport R valerá R$ 81.990.

Preço alto para um veículo divertido (conforme avaliação em pista), mas que não consegue fugir de suas limitações estruturais. Entrega de maneira honesta o que promete um motor 1.6 aspirado de 142 cv a 6.900 rpm e 17 mkgf a 4.400 rpm. 

O problema é quando a Suzuki coloca o modelo no mesmo ringue em que duelam Audi A1, Citroën DS3 e Mini Cooper. A pretensão é justa somente em dois quesitos: preço – os concorrentes custam entre R$ 85 mil e R$ 90 mil – e relação peso-potência, em que o Swift destaca-se com 7,5 kg/cv.

De fato, o corpinho sarado do hatch, de 1.065 quilos, lhe confere esperteza aliado ao conjunto de suspensão que gruda no chão os pneus Yokohama, que envolvem rodas de liga leve aro 16” na versão Sport – sendo uma polegada maior na versão Sport R. Mas as altas rotações e o torque moderado do bloco com comando variável nas válvulas de escape conferem performance (bem) aquém dos concorrentes almejados, que possuem propulsores turbinados e força superior aos 20 quilos.

Apesar de manter os índices e picos de rotação do motor, o Swift Sport R possui mais apetite para a velocidade. A Suzuki aprimorou as relações do preciso câmbio manual de seis velocidades para a versão não ser prejudicada com a adoção da caixa de rodas de 17 polegadas, que traz os pneus mais aderentes Pirelli PZero.

A inscrição R adiciona ainda sensor de estacionamento atrás, detalhes em grafite fosco no para-choque e carroceria bicolor. Sistema multimídia com GPS é opcional por R$ 4.000.

Os itens somam-se a boa lista de equipamentos de série que dispõe de direção elétrica, volante esportivo com comandos do rádio e piloto automático, ar-condicionado digital, sistema de som com conectividade USB e bluetooth, além de faróis de xenon, seis air bags, cinto de três pontos para todos os ocupantes traseiros e freios ABS com ESP (distribuição de força) e BAS (frenagem de emergência).

Bancos esportivos também vêm de fábrica e conferem segurança e conforto ao condutor. Junta-se a isso o considerável entre-eixos de 2,43 metros. Bom para as pernas, ruim para a bagagem, que precisa ser espremida no porta-malas de (apenas) 210 litros.

Peculiaridades de uma cabine que leva a sério a característica japonesa de elaborar um interior de ajustes impecáveis, mas de estética extremamente austera – longe, novamente, da implementada nos adversário acima listados.




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