A reunião realizada ontem para discutir a nova executiva do PT de São Bernardo não definiu como ficará a formatação no comando da sigla, apesar de o presidente eleito do diretório, Brás Marinho, ser empossado amanhã, em cerimônia conjunta com os próximos mandatários petistas do Grande ABC.

Brás não foi localizado para comentar o resultado da reunião, mas a assessoria do petista informou que ele só vai se pronunciar quando a direção for definida.

O encontro teve a participação de 23 dos 44 nomes eleitos para compor o diretório, evidenciando a divisão que vai se firmando na legenda. Um dos pontos que têm causado controvérsia entre os petistas é a formatação da executiva, que atualmente possui 13 integrantes, mas a corrente CNB (Construindo um Novo Brasil), que elegeu Brás, cogita deixar a direção com 11 participantes.

O estatuto do PT diz que a direção do partido deve ser formada por no mínimo seis componentes ou até 1/3 do diretório. Desse modo, deve ter no máximo 16 participantes.

Mas, se a executiva seguir os critérios de proporcionalidade após a eleição interna, deverá ter 12 nomes, sendo oito da CNB, um da Articulação Esquerda, um do Capt (Coletivo Ampliado do PT) e dois nomes ligados ao atual presidente da legenda, Wanderley Salatiel.

Outro entrevero interno ocorre entre os grupos de apoiadores do presidente do São Bernardo Futebol Clube e pré-candidato a deputado estadual, Luiz Fernando Teixeira, e do secretário de Serviços Urbanos, Tarcisio Secoli.

Os dois são os nomes mais cotados para pleitear a sucessão do prefeito, Luiz Marinho, em 2016. Desde a vitória de Brás no PED (Processo de Eleição Direta), não se fala em outra coisa no petismo são-bernardense além do escolhido para tentar manter a sigla no comando da cidade.