Terça-Feira, 23 de Abril de 2024
Diante do desenvolvimento mundial, a indústria brasileira foi sendo apequenada e limitada ao longo das últimas décadas. Juros altos, a cascata tributária e, até mesmo, a legislação trabalhista influenciaram neste mau posicionamento do País. No que diz respeito à entrada no mercado mundial nos últimos 16 anos, se agregou à proposital derrubada do dólar para desmotivar as exportações, seja para atender a sandice do presidente enjaulado que, em uma de suas estultices, dizia: ‘O que exportamos vai faltar às famílias brasileiras’, seja pelo decantado ‘custo Brasil’. Se considerarmos a exportação global, que atinge R$ 22,99 trilhões, e a brasileira, de R$ 217 bilhões, ou seja 0,8% da total, para sermos educados, podemos considerá-la modesta demais. Com isso, a indústria passou a viver e a sobreviver de isenções e protecionismo.
Com o raiar de nova visão do futuro superministério da economia, a indústria tem que se fortalecer, sendo competitiva, eficaz e dinâmica. O PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil, de R$ 2,056 trilhões, se comparado com o mundial, de R$ 80,684 trilhões, bem mostra a pequenez do mercado interno frente ao que temos disponível no mundo, apenas 2,54%. Vemos países como a Alemanha, em que mais de 40% de seu PIB advêm das exportações. Agora será inexorável: ou a indústria volta a buscar o mercado mundial, se globalizando, aumentando sua competitividade, ou estará fadada a ocaso triste e talvez imerecido.
O novo Brasil precisa saber como, onde e de que maneira fará sua internacionalização de forma urgente, de forma planejada e estruturada. Precisa usar seu conhecimento, sagacidade e agudeza de raciocínio para implementar programa de crescimento e expansão, que gere aumento notável de sua atuação a nível mundial. Nos últimos anos os Estados Unidos atraíram investimentos de diversos setores de atividades, como o de armamento, siderúrgico, sucos, alimentos, entre outros. E o intuito das nações que procuraram os Estados Unidos foi muito além de localizar apenas sua base exportadora, como, muitas vezes, sua base industrial e até mesmo sua matriz nos Estados Unidos, para se utilizar da nova formatação tributária (atualmente a melhor do mundo livre).
Se levarmos em conta que o PIB dos Estados Unidos (US$ 20,660 trilhões) é cerca de dez vezes o do Brasil, com crescimento médio de mais de 3% ao ano, vemos aí onde devemos ancorar nossas esperanças. Novos acordos comerciais dos Estados Unidos transmitem às empresas a seguridade de que, quando estabelecidas no País, terão ainda melhores condições de crescimento. Se internacionalizar é a solução para a economia brasileira, os Estados Unidos, sem dúvida, são um dos melhores destinos.
Carlo Barbiei é presidente do Grupo Oxford, consultor, jornalista, analista político, palestrante, educador e formado em Economia e Direito.
Palavra do leitor
Contratações
Conforme noticiado neste Diário (Esportes, dias 26, 27 e 28), times da região estão contratando um monte de jogadores para disputas do Paulista, tanto na elite quanto nas Séries A-2 e A-3. Mas, analisando friamente, não há um único atleta de renome, que possa chegar e resolver os problemas – e não são poucos – das equipes da região. O mais famosinho é o Cristian, 39 anos e com passagem por várias agremiações. Não seria o caso de concentrar esforços em contratar menos, mas com mais qualidade, jogadores que possam realmente ser titulares, em quem possamos confiar, aqueles que dão gosto de pagar ingresso para ver jogar? A continuar com as maravilhosas contratações, acho que daqui a pouco estaremos nos lamentando pela queda de divisão de todos os times do Grande ABC.
Victor Hugo Chaves
Santo André
Mito – 1
O Marquês de Rabicó disse que a Dona Benta falou para o Visconde de Sabugosa que contou para a boneca Emília, o Pedrinho, a Narizinho, tia Anastácia, tio Barnabé, a Cuca e o Saci-Pererê que, quando os eleitores do ‘mito’ perceberem que ele é um ‘mico’, terão uma síncope.
João Paulo de Oliveira
Diadema
Mito – 2
O presidente eleito Jair Bolsonaro esteve no Estádio Allianz Parque para assistir ao último jogo do Palmeiras no Campeonato Brasileiro (Esportes, ontem), no qual o Verdão, já campeão, apenas cumpria tabela contra o Vitória-BA, para fazer a festa de comemoração da conquista do Nacional. Vendo isso, lembrei das vezes em que Lula e Dilma estiveram nos estádios e foram ruidosamente vaiados e xingados pelos torcedores. Desta vez foi Bolsonaro e não notei que ele tenha sido vaiado ou xingado. Como explicar essa mudança de comportamento dos torcedores?
Benone Augusto de Paiva
Capital
Desmanche
No que diz respeito ao insólito e inédito desmanche do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, haveria muito a dizer, mas vou me restringir ao fato de que as declarações do seu atual presidente (o prefeito Orlando Morando, de São Bernardo) não correspondem à verdade. Disse ter pego “Consórcio deficitário, ineficiente e gastão”, mas vamos aos fatos. Na verdade, a entidade foi entregue na transição de mandatos com caixa de R$ 9.224.777,01, como consta do balanço disponível no Portal da Transparência. A entidade recebeu recursos federais em 2017 de R$ 7.616.717,78, oriundos de convênio firmado pela gestão anterior para a execução de projetos viários. O atual mandato herdou conjunto de planos regionais elaborados na gestão anterior, inclusive o de macro e microdrenagem. A gestão anterior conduziu a execução de 64 ações do PPA regional 2014/17, distribuídas em 11 programas, que foram aprovadas pela assembleia de prefeitos ao longo do quadriênio e reportadas no relatório de transição entregue ao fim de 2016. No lugar de tudo isso aponta-se como grande realização a abertura de escritório em Brasília, mas ele serve para o que mesmo?
Luis Paulo Bresciani
São Caetano
Manifeste-se!
Lamentavelmente, de novo, venho, por meio desta Palavra do Leitor, informar o descaso quanto à nossa solicitação de lombada para coibir altas velocidades de veículos que são deslocados da Avenida Atlântica para a Rua Piracicaba, no bairro Valparaíso, em Santo André. Ocorreram transtornos novamente! Podemos ter acidentes com pessoas. Desde julho tenho protocolo. Solicito posição da Prefeitura, por favor.
Reginaldo Amaral dos Santos
Santo André
Eletropaulo
Dia 1º, novamente a chuva, que começou bem fraca, nos deixou sem energia, por volta de 16h. Liguei na agência e deram-me a previsão de retorno da mesma para as 20h30. O pessoal da Eletropaulo está de brincadeira! Se não tem competência para gerir, que é dever, por que mais uma vez pagamos bem caro por essa ingerência? Deem o serviço para outros com competência.
Cláudio Luiz da Silva
Santo André
Trump volta atrás
Não deve ter sido fácil ao destrambelhado presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decidir dar trégua de 90 dias à guerra comercial que fomentou com a China, taxando a importação de produtos chineses! Espero que essa decisão, que ocorreu durante a reunião do G-20 em Buenos Aires, com a concordância do líder chinês Xi Jinping, não fique limitado apenas a 90 dias. Já que falar em guerra comercial em pleno século 21 é mesmo burrice.
Paulo Panossian
São Carlos (SP)
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