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Sábado, 20 de Abril de 2024

Geração de empreendedores frustrados
Do Diário do Grande ABC
03/12/2018 | 14:47
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Artigo 

Não é novidade para ninguém que os contos de fadas só existem nos filmes e livros, que casamentos reais, por melhores que sejam, são relacionamentos com altos e baixos e que dependem de esforço dos envolvidos para que se mantenham felizes (na maior parte do tempo) até que a morte os separe. Embora, conscientemente, todos tenham conhecimento da realidade, aparentemente a nova geração insiste nos contos de fadas e o resultado é visível: geração de separados, onde muitos casamentos não chegam a durar um ano.

A história acima serve para traçar paralelo com o que está ocorrendo com muita gente na questão corporativa. Observo na nova geração procura insana à irrealidade dos contos de fadas, onde os esforços na busca pelo sucesso são mínimos e os resultados, além de rápidos, são os melhores possíveis. Muitos jovens que ingressam no mundo corporativo possuem essa mentalidade e acreditam que o empreender lhes trará sucesso em poucos meses, assim como os ídolos que veem na televisão, leem nas páginas das revistas ou assistem em palestras.

Isso não quer dizer que histórias de pessoas que subitamente tiveram sucesso não sejam interessantes e inspiradoras. Porém, não se deve tentar ter o mesmo êxito que esses ‘super-heróis’. As chances estatísticas de se replicar esses casos são as mesmas de ganhar na loteria e não se deve focar nem nisso nem em ter ideia genial que lhe torne milionário da noite para o dia. A geração do imediatismo e das expectativas irreais consome em excesso histórias de sucesso repentino e ignora as histórias de empreendedores que trabalharam duro por dez anos ou mais até atingir o triunfo.

É comprovado, estatisticamente, que fazer com que o seu negócio sobreviva aos primeiros cinco anos faz parte da realidade para minoria dos empreendedores, sendo mais específico, para apenas 37,8%, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Assim, embora não haja dados concretos, fica claro que, para além de sobreviver, os números destinados àqueles que atingem o auge são muito menores.

Dessa forma, é fundamental estar consciente de que para alcançar o sucesso é difícil e demorado. O planejamento precisa ser feito a longo prazo. Deve-se entrar no negócio com reserva financeira, pois os primeiros dois anos provavelmente você não terá lucro. É importante investir em marketing, já que, por melhor que seja o produto ou serviço, nada se vende sozinho. Boa equipe de trabalho e bom networking também fazem toda a diferença. E, por fim, é preciso muita motivação e persistência para conseguir manter o foco por longo prazo até atingir os objetivos.

Ricardo Karpat é diretor da administrador de empresas Gábor RH.

Palavra do leitor

Quem perde?
Em relação ao rompimento do contrato entre Brasil e Cuba no Programa Mais Médicos, além do prejuízo à população de baixa renda do interior do Brasil, quem também fica prejudicado são os médicos cubanos, pois eles já haviam estabelecido modo de vida aqui no Brasil e, agora, terão que retornar imediatamente a seu país. Ou seja, nessa ‘briga de cachorro grande’ entre PSL e PT quem saiu perdendo foi a população brasileira e os médicos cubanos.
Uiltom Herédia Fróes
São Bernardo

Consórcio
Lamentável o fim do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, criado em 1990 pelo prefeito Celso Daniel (morto em 2002) com objetivo de discutir a destinação correta dos resíduos sólidos, mas que, na verdade, transformou-se em grande cabide de empregos. Apesar de algumas conquistas, a principal questão, o fim das enchentes, nunca foi tratada como realmente deveria e, consequentemente, jamais resolvida. O colegiado de prefeitos já vinha se arrastando desde a saída de Diadema. Agora, com a exclusão de São Caetano e Rio Grande da Serra (Política, dia 29), o que será do que sobrou do que um dia foi considerado inovador e até copiado por outras regiões do Estado? Lamentável!
Maria Thereza Fidelis
Ribeirão Pires

Engraçados
Em relação à reportagem ‘Sobrinho de Kiko, Rato presidirá a Câmara em Ribeirão Pires’ (Política, dia 30), achei-a engraçada e resolvi pesquisar nos sites das Câmaras Municipais do Grande ABC os nomes curiosos de parlamentares eleitos. Fiz esse levantamento porque considero falha gritante esses legisladores terem seus apelidos oficializados pelas respectivas mesas das Câmaras municipais. Que eles são conhecidos por esses apelidos, tudo bem. Mas que usassem apenas e tão somente durante a campanha. Até porque, juridicamente eles são vereadores pelo nome de batismo, aquele que consta em suas certidões de nascimento. Imaginem se uma prostituta fosse eleita! Teria sua profissão registrada como legisladora?
Arlindo Ligeirinho Ribeiro
Diadema

Dona Cotinha
Se aproxima o grande dia, onde a iluminada e solidária dona Cotinha, genitora do mestre Ditinho, que é patrimônio imaterial regional, preparará – com entes queridos e voluntários – o tão esperado e concorrido almoço de Natal, que está em consonância com o espírito natalino de amor ao próximo. Ainda não conheço pessoalmente dona Cotinha, mas ela lembra minha saudosa e amada avó paterna, a senhora Maria Pires de Araújo (1896-1983), que nunca negou um prato de comida para quem chegasse – com este fim – na entrada da sua casa sem portão, no início da Avenida Piraporinha, nas proximidades do km 18 da Via Anchieta. No feito da razão da existência do mestre Ditinho, a ação solidária não fica somente no tão esperado e concorrido almoço de Natal, porque, durante o ano todo, soube, de fonte fidedigna, que ela chega a servir até 30 refeições diárias para moradores de rua, que a procuram e sempre são recebidos com muito amor e carinho, com o escopo de saciar a fome. Quiçá existissem incontáveis pessoas com o perfil amoroso e solidário de dona Cotinha, que tem como premissa o ser em detrimento do ter. Desejo que os anos do porvir recebam a distinta dona Cotinha – garbosa e vigorosa – sempre pronta a atenuar as necessidades básicas de outrem desvalido.
João Paulo de Oliveira
Diadema

Liberdade de Lula
Brasileiros adeptos à não corrupção no Brasil, hoje e amanhã vamos nos unir por todos os meios de comunicação possíveis e mostrar aos ministros deste País que somos nós quem sabemos o que é bom para a Nação e que fazemos as leis. Eles apenas fazem-nas cumprir. Somos nós que estaremos trabalhando dia e noite, sol e chuva para bancar o salário deles e aprovado por presidente que não merece de nossa parte o conceito de ‘vossa excelência’. Lula e Dilma deveriam ser desonrados em público, na Esplanada dos Ministérios e tirado deles o título de ex-mandatários deste maravilhoso País. Somente homens honrados, íntegros e de bem são dignos desse título. Agora vamos condenar eles definitivamente e confiscar seus bens. Tem de mostrar ao povo o que foi feito com o dinheiro. Até agora a nossa Polícia Federal só está prendendo e confiscando. Pergunto aos ministros: cadê a grana? Vão fazer ou estão fazendo o quê? Com a palavra os ministros. A população quer saber.
Edson Campelo
Santo André

Mais Médicos
Em trocas de correspondências recentemente reveladas entre Dilma e Havana, ficou esclarecida que sugestão do Mais Médicos foi de Cuba, para pagar o empréstimo feito pelo BNDES por ocasião das obras do Porto de Muriel. Para entender como funciona o Mais Médicos cubanos: o governo de Cuba ficava com 65% do valor do salário, que hoje é R$ 11.520. Só que esse valor eram repassado pelo governo brasileiro à Opas (Organização Pan-americana de Saúde), que, por sua vez, repassava para o governo cubano R$ 7.488 e R$ 4.032 sobravam para o médico. Isso foi mais uma manobra petista para legalizar o dinheiro pago pelo Brasil e enviá-lo legalizado. Cuba só não perguntou para os médicos se eles desejam retornar, pois existe profissional cubano que já tem filho com brasileira, e vai ficar por aqui, como muitos outros, para ter liberdade de trabalhar e usufruir do seu salário, sem dividir com a ditadura.
Luiz Carlos Leoni
São Caetano 




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