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Sexta-Feira, 19 de Abril de 2024

Investidores e organizações sociais
Por Do Diário do Grande ABC
13/11/2018 | 09:01
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Artigo

As OSCs (Organizações da Sociedade Civil) são estratégicas na composição e controle de políticas estruturais. No Brasil, foram essenciais para avanços sociais durante a redemocratização (1980-1990). Hoje, têm grande legitimidade onde estão inseridas, já que são fundamentais no quebra-cabeça de políticas que devem ser intersetoriais e articuladas nos territórios. Nas últimas décadas, convênios públicos e doações empresariais possibilitaram manutenção financeira das OSCs. Trajetória das empresas no campo social passou por distinções entre responsabilidade social corporativa e filantropia, dando lugar ao ISP (Investimento Social Privado). Fundamentado na ideia de que o trabalho vai além da caridade, esse emprego de capitais tornou investimento mais eficiente.

A orientação para resultados, no entanto, trouxe desafios, já que para as empresas as OSCs têm dificuldades em responder aos mecanismos de gestão, ao passo que, para as organizações, as empresas não são capazes de compreender o cenário multifacetado em que elas atuam. O alinhamento do investimento ao negócio tenciona a relação. O risco deste direcionamento é que nem sempre as escolhas dos investidores coincidem com as demandas sociais. A composição de carteira de projetos aderente aos negócios dificulta o investimento na missão da organização, cuja atuação abriga agendas diversificadas para lidar com as necessidades comunitárias.

Já para as OSCs, elementos relacionados ao fortalecimento institucional são áreas de dificuldade no trato com investidores. É nesse aspecto que há menos emprego de recursos. Conforme o Censo Gife 2016, apenas 24% dos 116 investidores respondentes apoiam OSCs institucionalmente. Para estas, aprimorar a gestão passa pelo convencimento da sociedade de que resolver questões institucionais e ter recursos para isso são tão importantes quanto realizar o atendimento às comunidades. A impossibilidade de investir em recursos humanos, comunicação, planejamento, inovação, monitoramento de resultados e sustentabilidade econômica é pedra no sapato que as impede de avançar.

Para iniciar essa trajetória, é urgente repactuar as bases da relação. Mais autonomia financeira às organizações associada à corresponsabilidade pelos resultados são centrais para o desenvolvimento de metodologias geradoras de transformações sociais. O papel do investidor, além de prover recursos, é o de viabilizar assessoria no que as organizações identificam como entraves, planejando maior tempo de parceria. Ao deslocar o status quo, trabalha-se para que práticas de gestão democrática aproximem as organizações de sua essência: produção social, cultural e econômica grafadas pela experiência das comunidades.

Angela Dannemann e Fernanda Zanelli são, respectivamente, superintendente e especialista em programas sociais do Itaú Social.

Palavra do leitor

Ramalhinho
Gostaria de parabenizar a equipe sub 11 do Santo André pela bela campanha no Campeonato Paulista da categoria. Os meninos lutaram bastante no jogo de volta contra o São Paulo, domingo, no Bruno Daniel, e por uma infelicidade acabaram perdendo o duelo e a vaga na final da competição. Mesmo assim, terminaram na honrosa terceira colocação no geral. Parabéns também ao treinador Alexandre pelo trabalho feito junto aos atletas.
Fernando Cesar Toribio
Santo André

Temer x Brasil
Eunício Oliveira (Senado) e Rodrigo Maia (Câmara) estão plantando bombas-relógio (R$ 259 bilhões) no caminho do Brasil. Só Temer (presidente) tem o poder de desativá-las (vetar), mas está nas mãos do Judiciário (uma das bombas) para, em 2019, apená-lo com muito ou pouco rigor. A cabeça de Temer está a prêmio se vetar, mas se não vetar explodem as bombas. E agora José?
Humberto Schuwartz Soares
Vila Velha (ES)

Troca com troco
Eunício é ligado ao ético PT e Toffoli, petista enrustido de carteirinha. Só por isso o voto do aumento dos ministros e toda corja do Judicairo é auto explicativo. No Brasil o único lesado em tudo e por tudo é o povo, que precisa usar o SUS, que o Lula dizia na época de presidente que era ótimo. Só que ele usava o caríssimo Sírio. Hoje, um plano para se usar o Sírio não sai por menos de R$ 10 mil por mês. E tem gente com medo do Bolsonaro, e dizem que ele não é democrata.Estou morrendo de medo do Judiciário, do PT, do Psol e do PCdoB, isso sim.
Antonio Jose Gomes Marques
Rio de Janeiro (RJ)

É candidato?
Tantas vezes o juiz Sérgio Moro for entrevistado a mesma pergunta terá de ouvir: o senhor vai se candidatar à Presidência da República? É a curiosidade de certos jornalistas rasteiros que apenas especulam e não se interessam pelos problemas do Brasil. Um presidente que ainda não assumiu, um ministro da Justiça, prestes a assumir, ter de dar explicações sobre o que pode acontecer daqui a quatro anos? Qual a relevância da pergunta, a não ser especulação e espalhar fogo amigo? E se Moro quiser se candidatar, qual seria o problema? Todos os brasileiros estão ávidos em vê-lo ministro da Justiça. O Brasil foi tomado por uma violência tão feroz, fruto da impunidade que aterroriza todos os brasileiros. Nossa torcida é que Moro seja excelente ministro da Justiça, que consiga realizar suas metas com a ajuda daqueles que o cercam. Do seu sucesso dependerá seus passos. Ele poderá ser um ministro do Supremo. Ou o Supremo ficará pequeno para ele. É esperar para ver. Chegou a hora de parar com a inveja e torcer a favor do Brasil. Tudo porque maus brasileiros querem um País pior. Ora essa, vamos torcer para que esse País dê certo. O benefício será de todos.
Izabel Avallone
Capaital

MST pratica terrorismo
Ouvi pela CBN comentarista criticando Bolsonaro por pretender tipificar as ações do MST como terrorismo porque movimentos sociais devem fazer parte de uma democracia. Movimentos sociais, legitimados juridicamente, regulamentados, responsáveis, por que não? Claro que sim! Mas o MST frequentemente invade propriedades produtivas passando trator sobre plantações, destrói e põe fogo em instalações da propriedade, rouba equipamentos e chegou a destruir 15 anos de pesquisa em centro de biotecnologia depredando viveiros de mudas de eucaliptos transgênicos em Itapetininga (SP). E este movimento sequer é regulamentado, não existe como pessoa jurídica. Como não considerá-lo movimento terrorista?
Mara Montezuma Assaf
Capital

Trabalho sem ministério
Bola dentro de Jair Bolsonaro! O presidente eleito faz muito bem em acabar com o Ministério do Trabalho, que há décadas é feudo do PTB e do PDT, de Ciro Gomes, e que nos últimos anos mais serviu como antro de corrupção, já que seus dirigentes cobravam até R$ 3 milhões de propina para autorizar a criação de sindicatos de trabalhadores. E não por outra razão que, dos 11.354 sindicatos que existiam em 1991, o número saltou para 17,2 mil em 2017. Que mais têm servido de orgia para esses pelegos travestidos de dirigentes, que mais se lambuzam, sem prestar contas, com os milionários recursos distribuídos, como os R$ 3,5 bilhões de 2017. Infelizmente, recolhidos dos trabalhadores como imposto sindical. Que, felizmente, extinto foi na gestão Temer.
Paulo Panossian
São Carlos (SP) 




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