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China inflaciona mercado da bola com valores astronômicos e preocupa até gigantes
03/01/2017 | 07:00
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Se no ano passado os clubes da China causaram estrago no futebol brasileiro ao contratarem alguns dos melhores jogadores do Brasil, agora os asiáticos têm tirado o sono de potências da Europa. Turbinados com dinheiro das maiores empresas do país e incentivados pelo governo do presidente Xi Jinping, os chineses resolveram investir ainda mais no futebol e passaram a fazer propostas astronômicas que inflacionaram o mercado internacional.

Hoje, por exemplo, o maior salário entre os jogadores de todo o mundo é do atacante argentino Carlitos Tevez, que receberá R$ 129,4 milhões por ano do Shangai Shenhua.

Na semana passada, Jorge Mendes, empresário do português Cristiano Ronaldo, revelou que foi oferecido ao craque do Real Madrid R$ 340 milhões por temporada.

A estimativa é de que até o fim de fevereiro, quando será encerrada a janela de transferência na China, os clubes do país gastem mais de 500 milhões de euros (R$ 1,7 bilhão) só na contratação de jogadores, superando os 300 milhões de euros (R$ 1 bilhão na cotação atual) do mesmo período do ano passado.

O primeiro grande negócio desta janela foi o meia Oscar, que trocou o Chelsea pelo Shanghai SIPG por 60 milhões de euros (R$ 204 milhões). A transação fez Antonio Conte, técnico do líder do Campeonato Inglês, lançar um alerta: "O mercado chinês é um perigo para todos os clubes do mundo".

O Tianjin Quanjian simboliza bem a mudança de patamar das contratações feitas pelos chineses em relação à temporada passada. Em 2016, o clube gastou 16 milhões de euros (R$ 54 milhões), nas contratações de Geuvânio e Jadson, além da transferência sem custos de Luis Fabiano. Agora, fez uma proposta de 93 milhões de euros (cerca de R$ 320 milhões) pelo atacante Diego Costa, do Chelsea.

"Se um jogador vale R$ 2 milhões, o clube pede R$ 20 milhões para liberá-lo quando fica sabendo que tem uma equipe da China interessada porque eles têm muito dinheiro", disse à reportagem do Estado o ex-jogador Scheidt, que atualmente é empresário e negocia a venda de jogadores para a Ásia. "Os chineses preferem os sul-americanos porque os europeus ainda não se corromperam."

Entre os nomes de destaque na Europa que estão na mira dos clubes da China está o do brasileiro naturalizado português Pepe (Real Madrid). O Herbei Fortune está disposto a pagar 15 milhões de euros (R$ 51,5 milhões) anuais ao zagueiro.

APITO - A Liga chinesa também quer contratar árbitros para melhorar o nível do seu campeonato. O inglês Mark Clattenburg é um dos alvos. Árbitro da Fifa desde 2006, ele apitou a final do torneio de futebol dos Jogos Olímpicos de 2012, a Supercopa da Uefa de 2014 e as decisões da Liga dos Campeões e da Eurocopa de 2016.




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