José Armando Pereira da Silva publica novo livro: Artistas na Metrópole. Galeria Domus, 1947-1951. Histórias, Críticas, Documentos e Obras (Via Impressa Edições de Arte, 2016, com o apoio cultural do Instituto Alfredo Volpi de Arte Moderna).

Livro monumental. Belíssimo. Focaliza obras e acervos da coleção de Orandi Momesso e outras. As imagens falam. O texto jornalístico do autor explica mais ainda. E nós, do Grande ABC, nos orgulhamos, pois Zé Armando foi um daqueles intelectuais universais que atuaram no Diário desde os tempos do News Seller. Redator e crítico que fez escola.

Artistas na Metrópole destaca a importância da Galeria Domus, espaço cultural da Rua Vieira de Carvalho, 11, coração de São Paulo, que funcionou entre 1947 e 1951 realizando 91 exposições com obras de artistas como Tarsila do Amaral, Victor Brecheret, Emiliano Di Cavalcanti, Bruno Giorgi, Alfredo Volpi, Aldo Bonadei e mais algumas dezenas de outros, cujos nomes estão na contracapa do livro.

Como construir a memória de uma galeria de arte paulistana que resistiu cinco anos e fechou as portas há quase 70? Zé Armando teve pistas e gente boa que o estimulou a pesquisar. E ele pesquisou, garimpou, investigou e reúne, em 250 páginas, a própria galeria, a partir de uma foto belíssima que abre o livro, em página dupla, mostrando a elegância interna da galeria.

E lá vai José Armando Pereira da Silva apresentando e perpetuando todos aqueles artistas universais, com fotos de suas obras, dos próprios artistas, reprodução de recortes, cartazes e catálogos de época.

Um exemplo: Rua de São Paulo, de 1946, óleo sobre tela de Mick Carnicelli.

Outro exemplo: Paisagem da Freguesia do Ó, de 1947, óleo sobre cartão de Raphael Galvez.

Terceiro exemplo: Paisagem de Itanhaém, década de 1940, têmpera sobre cartão de Alfredo Volpi.

Nós, aqui da Memória, que vivemos falando das cidades paulistas e brasileiras, temos outra excelente fonte de consultas que é Artistas na Metrópole, que fizeram a história da Domus.

José Armando escreve na introdução: “No levantamento interessou-me a possibilidade de reavivar, quando disponíveis, ‘vozes’ daquela época, por meio de notícias, entrevistas, críticas, biografias e memórias”.

Foi isso que o autor fez. Com talento, elegância, clareza, bom gosto. Como diriam os jovens: “Que demais”. Livro para ensinar, perpetuar, ganhar prêmios. Livro que demonstra a arte paulista e brasileira. Que as nossas casas de memória possam ter exemplares e disponibilizá-los hoje e por todo o sempre.

Um autor para ser estudado. A importância de Zé Armando

Os laços culturais de José Armando Pereira da Silva com o Grande ABC são intensos. Ele colaborou com a organização dos primeiros salões de arte contemporânea de Santo André. Compartilhou – e compartilha – seus conhecimentos. Foi professor de História da Arte e coordenador da Escola de Teatro da Fundação das Artes de São Caetano.

A obra de Zé Armando eterniza também o Grande ABC, em vários cenários e de diversos artistas. Sobre a região, ele escreveu:

Província e Vanguarda, a Cena Brasileira em Santo André – sobre a história do teatro local.

Livros específicos narram a história de artistas como João Suzuki, Paulo Chaves, Guido Poianas.

Seu livro anterior nos levou às aulas do professor José Geraldo Vieira, o Vieirinha, na Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero, primeira metade dos anos 1970.

Vieirinha nunca completava os 40 ou 50 minutos de aula. Falava por 20 minutos, e se retirava. Era ouvido com atenção, respeito e silêncio pelos alunos. Toda a sabedoria do velho escritor brasileiro aí estava. Que pena: não gravamos – eletronicamente - ao menos uma das aulas.

Mas Zé Armando trouxe de volta, e para sempre, Vieirinha. Leiam José Geraldo Vieira, Crítica de Arte na Revista Habitat, do Zé Armando. E procurem pela obra do Vieirinha. Recomendamos um livro, em especial: A Quadragésima Porta, de 1943. Vocês ganharão, e muito, lendo Vieirinha.

Zé Armando, o historiador José Armando Pereira da Silva, muito obrigado.

Diário há 30 anos

Terça-feira, 27 de janeiro de 1987 – ano 29, edição 6351

Manchete – Chuvas matam 52 pessoas no Estado

Só no Grande ABC, quatro mortes

Três crianças soterradas em Mauá.

Fundação, o mais atingido bairro de São Caetano

É a maior enchente dos últimos dez anos

Em 27 de janeiro de...

1912 – Lei municipal número 111 autoriza a substituição da iluminação pública em Pilar (hoje Mauá), Ribeirão Pires, Rio Grande (da Serra) e Alto da Serra (Paranapiacaba) de petróleo para eletricidade.

1917 – Paranapiacaba cobra maior contingente policial. Atualmente há apenas um praça para cuidar de uma população de 8.000 pessoas.

O número de efetivos do distrito é de cinco. A Secretaria da Segurança Pública indica os cinco, mas logo depois os retira.

Com um policial apenas, tem ocorrido a devastação das matas locais do governo. Um engenheiro da Secretaria da Agricultura, que atua em Paranapiacaba, tem requisitado uma força policial maior.

1972 – Inaugurada a Elsenal, chamada de a primeira loja cibernética da América Latina. Distribuidora dos produtos Cibié, entre outros. Iniciativa de Elias Faliani e José Aldair Lino. Loja, na Rua Dona Gertrudes de Lima, 611-613, em Santo André, decorada pelo andreense Sérgio Apolonio.

Municípios Brasileiros
Celebram seus aniversários em 27 de janeiro:

Na Bahia, Itacaré.

No Paraná, Lupionópolis.

Em Minas Gerais, Pedro Leopoldo.

Fonte: IBGE.

Hoje
Dia da Elevação do Brasil a Vice-Reinado (1763)

Dia do Orador

Santos do Dia

Santa Ângela de Mérici (Bréscia 1470-1540) fundou a congregação das Irmãs Ursulinas, voltada à educação cristã das jovens.

Julião

Avito