Muito trabalho e cenas inusitadas marcaram o primeiro dia dos empossados na terça-feira no Grande ABC. Carlos Grana (PT-Santo André), Luiz Marinho (PT-São Bernardo), Paulo Pinheiro (PMDB-São Caetano), Lauro Michels (PV-Diadema), Donisete Braga (PT-Mauá), Saulo Benevides (PMDB-Ribeirão Pires) e Gabriel Maranhão (PSDB-Rio Grande da Serra) iniciaram ontem, de fato, suas gestões.

A maioria optou por conversas com o funcionalismo e reuniões com o secretariado para definir as primeiras ações do governo. Mas houve prefeito que decidiu fazer pente fino no Paço e um até que entregou presentes aos servidores.

No debute à frente da Prefeitura de Diadema, Michels visitou repartições públicas e reclamou da situação administrativa deixada pelo seu antecessor, Mário Reali (PT). Segundo o verde, o petista deixou o Executivo "quebrado financeiramente e na parte de estrutura."

Michels começou a peregrinação por setores do Paço às 8h. A primeira reunião foi com servidoras do departamento de limpeza pública. "Elas me disseram que sequer tinham luvas, máscaras e produtos para executar o serviço", alegou o prefeito, que pela manhã ainda percorreu as secretarias de Planejamento, Assuntos Jurídicos, Comunicação e setor de compras.

Na Pasta de Assuntos Jurídicos, disse que havia goteiras devido infiltrações. "Meu gabinete não tem interfone, arrancaram a borracha da janela do carro oficial (do prefeito, um Toyota Corolla adquirido no segundo semestre de 2012). A condição está precária", avaliou o chefe do Executivo.

As visitas de Michels às repartições públicas foram acompanhadas dos secretários de Governo, Adler Kiko Teixeira (PSDB), e Gestão de Pessoas, Gesiel Duarte (PP), e dos assessores especiais Cacá Vianna (PSD) e Laércio Soares (PCdoB). Juntamente com o grupo, o prefeito pediu compreensão dos funcionários e relatou os problemas vistos.

O verde também solicitou a cada departamento um relatório sobre as áreas até o fim da semana. "Quero saber como está a situação de cada área. Se tiver faltando papel higiênico eu quero saber, porque o que eu vi até agora me assustou bastante. Estou assustado, mas não com medo."

Após o almoço, Michels foi à Secretaria de Assistência Social, que será comandada pela vice-prefeita Silvana Guarnieri (PTB). "Coloquei a Silvana como secretária para poder economizar, porque pagarei apenas um salário (o de vice-prefeito, hoje em R$ 10.209,01). Ela é engenheira ambiental, mas aceitou o desafio", confessou o prefeito aos funcionários da secretaria.

O fim da peregrinação foi na Central de Atendimento, na região central da cidade. O chefe do Executivo conversou com atendentes do local e depois com integrantes da frente de trabalho do município.