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O preço da rasteira
Do Diário do Grande ABC
09/10/2015 | 08:30
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Artigo

Cruzeiro, no interior de São Paulo, viveu no último ano dilema muito interessante com começo, meio e, talvez, fim. Tudo começou quando grupo de vereadores resolveu entrar com quase 400 requerimentos solicitando esclarecimentos sobre todo e qualquer despacho da prefeita Ana Karin Dias Almeida Andrade, hoje PRB. Foi o maior número de requerimentos que um prefeito já recebeu neste País, num intervalo de tempo tão curto. A prefeita entregou seis respostas fora do prazo – pouquíssimos dias depois – e, por isso, foi afastada do comando do Executivo. Isso não é história. É real.

Ao tomar conhecimento do fato, série de curiosidades rondou minha mente. Vamos a elas: caso nossos juízes não julgassem as sentenças no mesmo prazo que os prefeitos têm para responder aos requerimentos, será que eles também seriam afastados do cargo? Como esses vereadores conseguiram trabalhar se ficaram, apenas, elaborando requerimentos? E se todos os parlamentares do Brasil fizessem exatamente o que esses vereadores fizeram? Para que precisaríamos de legisladores, então?

Entendo que uma das funções do Legislativo é fiscalizar o Executivo, mas se fosse para gastar tempo elaborando requerimentos, não seria melhor que elegêssemos escrivães, abrindo mão de vereadores? E, o que será que motivou esse grupo pequeno de vereadores a fazer isso?

Também pensei: se essa moda pega, como seriam as campanhas políticas daqui para frente? Nesse caso, boa plataforma para se eleger vereador em Cruzeiro seria ‘vou lutar pelo povo, fazendo 200 requerimentos por mês’. Por outro lado, a proposta do próximo prefeito poderia ser: ‘Prometo montar superequipe para responder a todos os requerimentos em tempo hábil. Cruzeiro jamais ficará sem requerimentos respondidos, tudo para melhorar o futuro de nossa cidade!’

E os manifestantes? Bem, tomariam as ruas para dar voz aos diversos grupos organizados, gritando ‘resposta já!’. Ou, então, ‘requerentes unidos jamais serão vencidos!’. Já o ‘grupo organizado dos sem-prazo’ iria propor ir a Cuba buscar ‘mais métodos’. Certamente, veríamos a ‘Central Única dos Requerimentos’ pleiteando mais espaço no governo. Poderia, ainda, fazer parte da base aliada o PRD (Partido dos Requerimentos em Dia).

Alguns podem até achar esses pensamentos absurdos, mas fazer a população de Cruzeiro se submeter a esse papelão não é absurdo? E outra; quem sofreu mais, a prefeita cassada, que saiu sabendo que iria voltar; ou o prefeito que assumiu, sabendo que iria sair? E, o que, de fato, a população ganhou com isso?

Duda Lima é publicitário.

Palavra do leitor

Desleixo
É inacreditável como os responsáveis não enxergam coisas que saltam aos olhos de qualquer um. Falo do barranco que existe na Avenida Pereira Barreto, na altura do terreno do Hospital Mário Covas, em Santo André. O barranco já caiu uma vez, por causa de chuvas e nada foi feito. Hoje, diversas árvores do terreno do hospital estão à beira do barranco, só esperando as próximas chuvas mais fortes para rolarem, e serem destruídas. Algumas já estão com as raízes à mostra. Será que ninguém olha esse problema? É tão gritante a situação que fico indignado. Se a responsabilidade não é da Prefeitura, ela deveria, pelo menos, chamar os responsáveis pelo terreno e fazer com que tomem providência. Assim é que não pode ficar.
Sebastião Carlos de Oliveira
Santo André

Ré na história
Todos os países desenvolvidos contam com tecnologia a seu favor. Na Capital paulista, após várias discussões, enfim se definiu a história do Uber, o qual oferece ótimo serviço em vários países. Claro que a classe dos taxistas tem que lutar por seus interesses. Mas a Câmara de São Caetano, por unanimidade, para agradar uma classe, fazendo disso puro clientelismo, tolher o direito do cidadão de ter a possibilidade de optar pelo serviço que mais lhe convém é demais! Parabéns, senhores vereadores.
Robrigo Cabrera
São Caetano

Salve! Salve!
Fica do dia 7 a certeza de que bons ventos sopram em favor da democracia. Percebemos que as autoridades que representam nossas instituições estão imbuídas da responsabilidade que lhes é creditada e do senso de patriotismo que está dentro de cada cidadão que quer o melhor para o Brasil. A seriedade e a ética sentidas pelos atos dos ministros do STF, TSE e TCU é tudo pelo que vínhamos lutando. Resta agora contar com ética, seriedade, responsabilidade e patriotismo de Renan Calheiros, a quem cabe dar prosseguimento ao processo de julgamento das contas do governo.
Myrian Macedo
Capital

Serve a quem?
Como pode um clube que tem poliesportivo do porte do Jaçatuba mandar a equipe sub-20 atuar em campo igual ao Estádio Pedro Benedetti, em Mauá, onde o time jogou dia 11 contra o Cotia? O campo virou terreno baldio, e o que sobrou do estádio pode ser colocado naquelas listas de lugares abandonados mundo afora que alguns sites montam de vez em quando. Tenho certeza que alguns daqueles jogadores devem ter pensado durante o jogo: ‘Isso é a realidade do futebol? Vou procurar emprego segunda-feira’. É irritante esse comportamento da diretoria em manter tudo que é relacionado ao time afastado do clube. É cada vez mais evidente a intenção da diretoria em destruir o time e tudo que a ele é relacionado, para ficar somente com o clube. Na cabeça de diretores e conselheiros deve ficar martelando a todo instante: ‘Agora é só acabar com esse time para o mundo ficar perfeito’. Mas tem gente que não concorda com isso. Então, vamos ver quem ganha essa briga.
Donizete Ap. de Souza
Ribeirão Pires

Nome de batismo
Com referência à carta do leitor Elcio Carvalho (Nome de rua, dia 4), quero solidarizar com ele, pois concordo ipsis litteris com suas palavras. O tema trata sobre atitudes arbitrárias, que vereadores e prefeitos tomam em seus municípios, mudando o nome de ruas indiscriminadamente, como regra, pressupondo fazer bem à população. Eles estão apenas se promovendo entre seus pares, gerando despesas imprevistas e problemas para os outros. A minha intromissão é para complementar que isso é feito com qualquer logradouro público (ruas, avenidas, viadutos, praças, monumentos, bairros etc). O assunto avança até além: também, nomes de estações do Metrô e estações da CPTM. A minha tese é que o nome de batismo não muda nunca, a menos que exista motivo imperioso. Chute na história, não! Devemos criar meios para responsabilizar essas pessoas por perdas e danos e fazer retornar os nomes originais. Ministério Público neles!
Manuel da Silva Gomes
Ribeirão Pires

Dia do não fico
E agora, presidente Dilma? Como vai rebater a decisão unânime do TCU? A senhora, seus auxiliares e especialmente seu mentor continuarão a vociferar contra a ‘imprensa golpista’, que não cria, só investiga e denuncia, as zelites e todos aqueles que, democraticamente, se opõem a seu calamitoso desgoverno? A senhora, que se orgulha de ter lutado para ‘defender o Brasil’, pegando ou não em armas, alegando ‘patriotismo’ discutível, se realmente amasse o País e quisesse o melhor para ele pegaria a caneta, esta sim arma poderosa, e assinaria seu pedido de renúncia. E poderia até parafrasear D. Pedro I: ‘Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronta! Digam ao povo que não fico’.
Luiz Nusbaum
Capital 




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