A intenção era sair da concessionária com um modelo de câmbio automático. Mas, por um daqueles imprevistos, a versão do Argo HGT 1.8 que estava disponível naquele dia e horário tinha sistema manual de troca de marchas. Então tá, vamos com este mesmo...

O desprezo inicial pelo esportivo da Fiat mudou de figura rapidinho. O visual agressivo, com as rodas esportivas (17 polegadas) e a cara de mau, começoua alterar o pré-conceito que já havia se formado. Chave na mão, porta aberta e, mais uma surpresa, o visual interno, com uma faixa horizontal vermelha no centro do painel, e a grande tela já causaram boa impressão.

Mas foi andando que o carro mostrou qualidades. O motor 1.8 convidava a algumas aceleradas mais fortes, isso quando o trânsito da tarde permitia. E como foram gostosas as primeiras pisadas, pois o carro respondia rápido e, invariavelmente, pedia mais. A experiência mais legal, entretanto, foi pegar a estrada. Em quinta, na faixa da esquerda, o carro parecia não admitir ninguém à frente.

Passados os dois primeiros dias, a relação deu uma pequena ‘esfriada’. A saída, em primeira marcha, sempre tinha um leve soquinho. A princípio, parecia ser causado pelo meu desconhecimento do Argo. Depois, deu para ver que o problema era a embreagem, um pouco alta para um veículo esportivo.

Depois, com o aumento da intimidade, outra coisa passou a incomodar um pouquinho, um pequeno ruído em quarta marcha. Talvez fosse porque uma mensagem no painel informava que já havia passado o tempo da revisão.

Nos separamos após sete dias. Aproveitei todos os momentos. Gostei da cara de inveja das pessoas nas ruas ao nos ver passarmos juntos. Mas como tudo tem um preço, R$ 64.630 por um carro com câmbio manual talvez seja muito. Mas cada um tem seu gosto.