Turismo Titulo Gratuito aos sábados
Gratuito aos sábados, Museu do Futebol encanta até quem não é fã do esporte
Maria Beatriz Vaccari
Do Rota de Férias
18/12/2017 | 12:46
Compartilhar notícia


Charles Miller, reconhecido como o pai do futebol no Brasil, dá nome à praça paulistana que abriga o Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho, também chamado de Pacaembu. Entretanto, a história do local vai muito além do nome do precursor do esporte e das partidas histórias que já rolaram no gramado. É lá que fica o interativo e tecnológico Museu do Futebol, que oferece entrada gratuita aos sábados e, nos outros dias da semana, cobra R$ 10 pelo tíquete convencional e R$ 5 pela a meia entrada.

Foto: Divulgação/Ronaldo Franco

Grande Arena, primeira sala do Museu do Futebol

Confesso que, como “falsa fã” de futebol, daquelas que só torce para o time do pai e do irmão para fazer uma média com a família, cheguei à bilheteria sem muitas expectativas. Entretanto, a situação começou a mudar logo na primeira sala, batizada de Grande Arena. Ao maior estilo retrô, o local exibe pins, flâmulas, quadros, brinquedos, selos e vários outros tipos de objetos usados por torcedores para demonstrar seu amor pelos times.

LEIA MAIS: ROTEIRO DE 7 DIAS EM SÃO PAULO
CURTA ALGUNS ROTEIROS DE FUTEBOL PELO BRASIL

Ao subir as escadas, dei de cara com Pelé, que recepcionava os visitantes em um telão. Depois, entrei na área Anjos Barrocos, uma das mais legais e tecnológicas do local. A galera dá de cara com vários telões suspensos que exibem projeções de esportistas que marcaram a história do futebol brasileiro. Zagallo, Taffarel e Didi são alguns dos nomes que dão as cara por lá. A categoria feminina não fica de fora, e é representada por craques como Marta e Formiga.

A próxima parada é a Sala dos Gols, focada nas jogadas mais brilhantes realizadas até hoje. Do lado direito, é possível encontrar uma série de aparelhos que simulam rádios. Por meio deles, o visitante sintoniza a jogada desejada e escutar a narração. Do outro lado ficam as televisões, que fazem basicamente a mesma coisa dos sistemas de rádio, mas com imagens. Na hora de escolher qual jogada quer assistir, a pessoa consegue ver o narrador que irá vibrar com o lance.

Foto: Marcus Nogueira

Sala Anjos Barrocos

No final do corredor encontra-se a Sala da Exaltação, que é composta pela estrutura que segura parte da arquibancada do Pacaembu. O local recria a atmosfera de festa das torcidas nos estádios, com direito a gritos de incentivo aos times, batuques e projeções incríveis. Eu, que mal ligo para futebol, me arrepiei. Imagine a sensação para quem é fã fanático…

As áreas Origens e Heróis focam na história do esporte no Brasil. A primeira mostra uma série de fotos emolduradas em estruturas douradas, que conferem um visual bem bonito ao ambiente. Já a segunda, ressalta como o futebol é capaz de unir diferentes pessoas e culturas. Digitalmente, o local mostra frases de figuras como Tarsila do Amaral e Carlos Drummond de Andrade, além de homenagear jogadores negros, como Leônidas da Silva.

Foto: Divulgação/Luciano Mattos Bogado

Sala Origens

Pequena, a sala Rito de Passagem consegue fazer um estrago apenas com um telão. Ele exibe derrota do Brasil para o Uruguai na Copa do Mundo de 1950, em pleno Maracanã. Até bateu uma tristeza, mas segui o jogo e fui parar na sala das Copas do Mundo. O local conta com vários pontos, que representam todas as Copas realizadas até hoje. O mais legal é que alguns televisores mostram o que era moda na época e as notícias que bombaram em cada ano. No final, uma estante ostenta os modelos de bolas usados nos mundiais.

Foto: Divulgação/Juan Guerra

Sala das Copas do Mundo

O próximo destaque é a sala dos Números e Curiosidades, que arranca ao menos uma risadinha de qualquer tipo de público. O que mais se vê por lá é gente fazendo piadinhas ou com cara de surpresa. Afinal, você sabia que o menor público de um jogo do Campeonato Brasileiro foi de 55 pessoas em um Portuguesa x Juventude? O time lusitano também participou de outro recorde: partida com mais jogadores expulsos. 22 atletas levaram cartão vermelho em um confronto com o Botafogo, em 1954. Já a maior goleada da história do futebol brasileiro aconteceu em 1909, quando o Botafogo fez 24 a zero contra o Mangueira.

No meio de tantas curiosidades, esquemas táticos e números marcantes é possível encontrar uma varandinha que dá na arquibancada do estádio, de frente para o gramado. Mais à frente, uma prateleira exibe a evolução das chuteiras ao longo dos anos.

Foto: Maria Beatriz Vaccari

Evolução das chuteiras, na sala Números e Curiosidades

Antes de chegar ao final do percurso, que conta com uma lojinha cheia de produtos de times nacionais e internacionais, o pessoal passa por um ambiente com filmes que relembram jogos clássicos e por uma série de experiências interativas, como futebol digital, chute a gol com goleiro virtual e jogos de perguntas e respostas. Também dá para aprender mais sobre a história do Pacaembu e sua construção.

Depois de tudo isso, finalizei o passeio com uma visita à área do gramado, de onde é possível ver toda a imponência do estádio. Me empolguei, tirei fotos e até prometi que iria acompanhar mais os jogos do meu time, que iria entrar em campo no dia seguinte. Infelizmente, esqueci de ver a partida no domingo (e em quase todos os outros dias depois disso), mas a história e a força do esporte no Brasil não saíram mais da minha cabeça.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.

Mais Lidas

;