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Um adeus a Logan

Hugh Jackman diz que encerra seu papel como o feroz mutante da Marvel no cinema após 17 anos

Luís Felipe Soares
05/03/2017 | 07:02
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Divulgação


Wolverine está se aposentando. Um dos mais populares heróis do universo da Marvel Comics já passou por oito filmes nos cinemas e encerra sua saga nas telonas com o ponto mais dramático de sua trajetória. A despedida do mutante é Logan, já em cartaz nas salas brasileiras. Apesar de sempre haver possibilidade de que o personagem possa renascer em futuras produções, o novo longa-metragem marca o adeus do ator Hugh Jackman do papel que o elevou ao estrelato mundial há 17 anos e o colocou em pedestal de ídolo da cultura pop.

“Me perguntam se sentirei falta dele, mas não posso sentir. Ele sempre estará comigo. Vejo o filme e me sinto emotivo por perceber como cresci por ter Logan ao meu lado e pelas coisas que o personagem me ensinou ao longo do tempo”, afirma Jackman, que passou por São Paulo em viagem de divulgação do filme. “Nunca tinha ouvida falar do Wolverine quando fui chamado para a primeira audição. Mas 17 anos depois estamos aqui ainda. Não tinha a mínima ideia que teríamos todo esse caminho. Fui a última pessoa a perceber que se passou tanto tempo.”

A evolução da versão cinematográfica de Wolverine ocorre desde 2000, quando apareceu pela primeira vez em carne e osso em X-Men: O Filme. Claro que suas principais características apareceram logo de cara, como o estilo durão, a maneira sarcástica de lidar com os outros integrantes da equipe e as garras de adamantium, mas o passar do tempo mostrou como Jackman se fortaleceu e foi entendendo cada vez mais quem era sua mais famosa ‘criação’. As camadas foram sendo apresentadas aos poucos e o ciclo parece ter encontrado um final digno.

O mais recente passo do mutante não é glorioso. Logan está bem mais velho, ajuda a cuidar de um nonagenário Charles Xavier (Patrick Stewart, também se despedindo do universo X-Men) e tenta, basicamente, sobreviver. Faz mais de duas décadas que o último mutante nasceu e a pequena Laura (Dafne Keen, fazendo sua estreia nos cinemas), nascida em meio a experimentos militares, pode ser o futuro dos Filhos do Átomo. A garota é perseguida pelo exército e precisa ser levada para um local seguro, com Logan como última opção para salvá-la.

“Sabia desde o começo que ele (Logan) era diferente de outras figuras dos quadrinhos. Para mim, ele sempre foi definido mais pela sua humanidade do que pelos poderes. É o mais temido, o cara que você não quer irritar e quem você deseja ter no seu time, mas também tinha camadas a serem exploradas. Há uma espécie de armadura e carrega um peso enorme nas costas. Com esse filme, sentimos que finalmente chegamos ao coração do personagem”, explica o ator australiano. “Para ser honesto, senti por 15 anos que havia uma história mais profunda sobre o personagem para ser contada. Não me entendam errado. Não tenho nada a falar de ruim sobre os filmes dos X-Men, mas apenas sentia que tinha algo a mais sobre esse homem. Por isso quisemos chamar o projeto de Logan.”

A presença de Laura no caminho do feroz mutante cria espécie de centelha de redenção. O relacionamento paternal aparece em meio aos momentos nos quais a menina se revela tão durona quanto o protagonista. Segundo Jackman, “quem tem filhos sabe como é ser derrotado por crianças todos os dias. É incrível como essa relação é mágica. Quando vi o roteiro pela primeira vez, as sinopses da história, adorei a ideia de haver essa garotinha. Ela não fala por muito tempo no filme e, mesmo assim, se torna o coração do filme. Dafne é uma verdadeira estrela do rock e fez um trabalho incrível”.

Com direção de James Mangold (do esforçado Wolverine: Imortal, de 2013), o longa é inspirado nas páginas da HQ O Velho Logan, lançada originalmente entre 2008 e 2009. A ideia principal do quadrinho é mostrar um envelhecido Wolverine lidando com o mundo que restou a seu redor. Logan agora é um elemento que completa o universo pop que ronda os fãs, entre eles Hugh Jackman. 




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