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Por que as plantas sentem fome?
Por Tauana Marin
Diário do Grande ABC
19/03/2017 | 07:00
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Arquivo pessoal


 Na verdade, as plantas não sentem fome como os humanos. Elas, assim como outros seres vivos, reagem a estímulos externos que buscam no ambiente recursos para crescer e se reproduzir. Tudo funciona de acordo com respostas que foram programadas em seu comportamento ao longo de milhões de anos de evolução.

Se a planta estiver em uma temperatura adequada ao seu desenvolvimento, ela vai precisar de água e sais minerais (absorvidos pelas raízes) e luz e gás carbônico (obtido por meio das folhas). A partir dos sais minerais e dos compostos orgânicos feitos pelo CO2 necessários para a fotossíntese, a planta constrói todos seus componentes internos, casos de células, tecidos e órgãos.

Como a luz solar é a fonte de energia que sustenta o crescimento das plantas, mesmo as parasitas (aquelas que extraem recursos de outras plantas) precisam da ajuda do Sol. Sem a energia fornecida, nenhuma planta consegue viver. A quantidade de luz necessária, no entanto, varia. Umas precisam de mais energia, enquanto outras ficam bem com luz indireta, quando ficam à sombra.

CURIOSIDADES - Ao longo da sua evolução, cada espécie de planta aprende a lidar com as condições ambientais de um jeito. Existem algumas que perderam as folhas, outras que as modificaram em espinhos e há aquelas que captam luminosidade pelo caule (como os cactus, por exemplo).

Certas plantas do cerrado, considerado uma região seca, deixam seu tronco debaixo do solo, colocando apenas as folhas acima para captar a luz. O importante é proteger a parte subterrânea de queimaduras.

Já algumas bromélias usam a raiz para aderir aos troncos, deixando a função de absorver água e nutrientes para a base da folha, que forma espécie de tanque, onde o líquido da chuva e detritos são armazenados.

Pergunta de Matheus Felipe Antunes Pereira, 10 anos, de São Caetano, é acostumado a ajudar sua avó a cuidar das plantas em casa. “Quando colocamos água, elas crescem, ficam verdinhas e bonitas, mas não tenho ideia do que se alimentam.”

Consultoria de Marco Aurélio Silva Tiné, biólogo e pesquisador do Instituto de Botânica, órgão público vinculado à Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo.




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