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Obra traz histórias de grandes feministas

‘Lute Como Uma Garota – 60 Feministas que Mudaram o Mundo’ fala também de brasileiras

Por Daniela Pegoraro
30/03/2018 | 07:00
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Reprodução


 “Não desejo que as mulheres tenham poder sobre os homens, mas sobre si mesmas”. Essa é a frase da escritora e filosofa Mary Wollstonecraft, primeiro ícone feminista a ser retratado em Lute Como Uma Garota: 60 Feministas Que Mudaram o Mundo (Editora Cultrix, 368 págs., R$ 35, em média), escrito pela norte-americana Laura Barcella em parceria com Fernanda Lopes na edição brasileiras. Na obra, são retratadas histórias de mulheres que, de alguma forma, contribuíram com a luta feminista. Entre os nomes citados estão Marie Curie, Madonna e Malala Yousafzai, além das brasileiras Clarice Lispector e Maria da Penha. O livro conta com ilustrações.

Laura explica ao Diário que a ideia do livro vem, principalmente, por ser algo que gostaria de ter lido quando criança. “Ia em protestos sobre aborto quando tinha 12 anos, mas não me identificava como uma feminista”, relembra Laura. A escritora da versão brasileira Fernanda Lopes acredita que a importância de abordar assuntos da temática é de conhecer a história, “para entender o que aconteceu no passado e construir um futuro melhor e mais justo”. Ela ainda acrescenta que a questão do livro é justamente tentar contar a história do feminismo por meio da visão única de cada mulher, cada história e luta que colaboraram com o movimento.

As mulheres relembradas não são apenas as mais conhecidas. Para escolher as feministas estrangeiras, Laura incluiu diversidade em raça, idade, sexualidade e profissão. “Não quis inserir só mulheres que já ouvimos falar sobre, queria que os leitores aprendessem algo novo.” Para Fernanda, é importante ressaltar que a luta das feministas negras está sendo representada, como, por exemplo, da ativista Djamila Ribeiro. “Temos várias ondas de feminismo na obra, desde séculos atrás, quando esse movimento ainda estava se formando, até hoje, com jovens mulheres que já fazem a diferença”, acrescenta.

Trazer a obra para o Brasil, de acordo com o editor do livro Adilson Ramachandra, foi decisão pautada em análise das publicações sobre os movimentos feministas. “Sentimos falta de uma obra introdutória, de teor histórico, para que as pessoas interessadas no assunto pudessem compreender a trajetória do feminismo no mundo e em nosso País”, revela Ramachandra.

Para as autoras, ainda existe muito a ser mudado. “O mais necessário é cuidar dos problemas de racismo, violência sexual, salário igualitário, acesso à saúde e direito ao aborto”, comenta Laura. “Quando a gente pensa em séculos de opressão todas as causas feministas parecem urgentes”, acrescenta Fernanda.




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