Economia Titulo Contas em atraso
Inadimplência cai na região, com ajuda de crédito restrito

Dívidas em atraso no Grande ABC têm redução
de 3,3% em janeiro na comparação com dezembro

Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
01/03/2015 | 07:30
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Denis Maciel/DGABC


A inadimplência do consumidor no Grande ABC diminuiu 3,3% em janeiro de 2015, na comparação com dezembro, de acordo com dados da Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito). A melhora do indicador na região também ocorreu na comparação com mesmo mês do ano passado (redução de 0,9%) e na variação acumulada em 12 meses (-3,1%). Os números das sete cidades contrastam com o percentual de dívidas em atraso no País, que ficou praticamente estável (-0,2%) frente a dezembro, e está 4,8% maior em relação ao primeiro mês de 2014. Por essa última comparação, também houve crescimento dos calotes no Estado: alta de 1%.

No entanto, o menor número de atrasos nos pagamentos na região, em meio a cenário de desemprego em crescimento e economia em retração, tem relação com a cautela do consumidor em fazer compras a prazo e também com a menor disposição dos bancos em oferecer crédito, assinala o professor de economia e pró-reitor de graduação da USCS (Universidade Municipal de São Caetano), Marcos Antonio Biffi. Ele exemplifica com as vendas de carros, que caíram bastante em 2014 – de acordo com dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), a queda na comercialização de zero-quilômetro foi de 7,3% no ano passado ante 2013. Esse também é o percentual de queda no volume de financiamento de veículos em janeiro frente ao mesmo mês de 2014, de acordo com o Banco Central.

LIMPEZA DO NOME - O indicador de recuperação de crédito do consumidor no Grande ABC – obtido a partir da quantidade de exclusões dos registros de inadimplência – apresentrou alta de 4,7% em janeiro na comparação com dezembro, mas mostra piora (queda de 2,8%) frente ao primeiro mês de 2014 (-2,8%%). Por sua vez, em todo o País, a melhora no mês (de 4%), mas estabilidade (0,3%) na comparação anual.

Com menos crédito na praça, segundo especialistas, há menor volume para recuperar. Além disso, segundo o professor da USCS, nesse início de viés, que se espera que seja momentâneo, as famílias reduzem as despesas e cortam o que não é prioritário, como atividades de lazer e até mão de algumas despesas de vestuário. 




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