Engana-se quem acha que os porcos gostam de ficar sujos. Na verdade, os suínos se lambuzam na lama para se refrescarem quando o ambiente está com temperatura elevada (para um porco adulto em torno de 18°C a 20°C).

Sendo assim, não é um costume. Isso acontece porque esses animais não têm glândulas sudoríparas bem desenvolvidas (mecanismos que produzem o suor, função importante para regular a temperatura do corpo). Além disso, a terra molhada e pastosa ajuda a proteger a pele do animal contra a picada de insetos.

Em criadouros modernos, por exemplo, os animais não têm acesso a lama, já que o piso é de madeira ou cimento. Nesses casos, os porcos ficam em baias cobertas, para se protegerem do Sol. As criações modernas evitam o excesso de insetos utilizando produtos recomendados por médicos veterinários (aqueles que cuidam dos animais).

E as baias são limpas com frequência.

HÁBITOS - Por nosso País ser tropical e as temperaturas atingirem níveis elevados, os suínos adoram água. Ao contrário do que muitos pensam, eles tomam banho, principalmente no momento da limpeza das baias. Os porcos criados nesses locais evitam determinadas doenças, como, por exemplo, as verminoses (parasitárias provocadas por vermes que abrigam-se, em geral, nos intestinos).

Animais criados soltos (com acesso a terra) podem utilizar água empoçada para se refrescar, mas não é o recomendado.

Os porcos são mamíferos, ou seja, os filhotes tomam o leite que a mãe produz até crescerem um pouco. Uma porca (fêmea suína) tem a capacidade de reproduzir até seu sexto parto. Ela chega a ‘dar cria’ a mais de 15 leitões por nascimento. Os porcos são superinteligentes e, por isso, aprendem coisas com facilidade.

Os suínos são onívoros, significa dizer que na natureza se alimentam de frutas, verduras, pequenos insetos e carcaças de outros animais. Em criações comerciais, os porcos se alimentam de rações, que contêm milho e farelo de soja, por exemplo.

Os porcos são animais que adoram viver em bando, mas, como a maioria dos mamíferos, criam sistema de hierarquia.

Consultoria de André Furugen Cesar de Andrade, da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP (Universidade de São Paulo).