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Palavra do leitor
Cultura orientada a dados
Do Diário do Grande ABC
02/06/2018 | 09:47
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Assim que acordei, peguei meu celular e vi notificação que a Avenida Brasil estava engarrafada, caminho que uso para trabalhar. Decidi ir de Metrô. Às 14h, recebi notificação de entrega grátis do aplicativo de food delivery. Decidi ficar escritório e pedi comida japonesa. No fim do dia, abri meu aplicativo de música e voltei ouvindo a playlist Relaxing que ele me sugeriu.

O dia a dia mostra como a tomada de decisão se tornou orientada a dados, e é inevitável que as organizações façam o mesmo. A cultura orientada aos dados (data-driven culture) difundida nos livros de DJ Patil e Carl Anderson tem se popularizado devido ao sucesso de empresas como Uber, AirBNB, Netflix e Walmart.

O objetivo é utilizar os dados para gerar valor para ao cliente, interno ou externo. Apesar de não haver fórmula para insights preciosos, existem cinco padrões das principais empresas que se tornaram data-driven:

1 – Democratização dos dados. Você faria investimento sem noção do valor, retorno e risco? É interessante que os colaboradores tenham acesso a todos os dados, exceto os sensíveis. Isso os empodera e diminui as barreiras para a tomada de decisão.

2 – Comunicação. Fóruns, e-mail, panfleto, quadro de avisos, chats, treinamentos, reunião etc. O ser humano precisa encontrar sentido nos dados, portanto, comunique-os.

3 – Engajamento. Se você for o líder, existe termo na comunidade data-driven anti Hippo (Highest Paid Person’s Opinion), ou seja, contrário ao favorecimento da opinião de quem ganha mais. A cultura orientada a dados necessita começar na base e o ponto de vista de todos deve ter o mesmo peso. 

4 – Capacitação. Se a organização usa planilhas eletrônicas, aprenda a criar gráficos informativos. Se usa banco de dados, aprenda a linguagem SQL. Se você é estatístico, engenheiro ou cientista de dados, passe seus conhecimentos para os demais. Todos devem extrair o máximo dos dados.

5 – Tomada de decisão. Quantas vezes você decidiu comprar algo na internet baseado apenas no que acha? Você terá mais sucesso se analisar os comentários, a reputação do vendedor e assistir a vídeos sobre o produto. Em sua empresa, una sua experiência com os dados existentes. Caso não existam, proponha soluções para que sejam coletados.

Qualquer mudança está sujeita a resistência e a potenciais riscos. Caso você seja o único a querer transformar a cultura, opte pelo modelo de múltiplos impactos. Apresente a ideia, debata com os colegas e não desista, pois, como disse DJ Patil, ‘Seja lá qual for a sua abordagem, criar cultura de dados é a chave do sucesso no século 21’.

Henrique Santana é cientista de dados na empresa Braspag. 

Palavra do leitor

Recicláveis

 Prefeito Orlando Morando, de São Bernardo, gostaria de saber por que a coleta seletiva de materiais recicláveis é feita nas residências por caminhões comuns de lixo doméstico, e quando esses veículos estão cheios o material é prensado como se fosse lixo comum? Se os recicláveis vão para as cooperativas da cidade, como é que podem ser separados se estão todos misturados e prensados? Estou achando muito estranho o destino dos recicláveis coletados pela Prefeitura.

Fernando Ramalho

 São Bernardo

População

 Engraçado dizer que em presídios existe capacidade prisional e, depois, quando afirmam que determinado número desse pessoal é ‘população’ de bandidos, estupradores, homicídas, corruptos e muito mais. População sou eu, você e todas as pessoas que estão fora de lá, as do bem. Deveriam usar melhor o termo. Parabéns, isso é exceção. 

Breno Reginaldo Silva

 Santo André

Manipulados? 

 A greve é arma importante para a classe trabalhadora, em qualquer país do mundo. Mas os grevistas precisam ter o discernimento em relação ao resultado das negociações com quem de direito. E avaliarem os limites do movimento. No caso dos caminhoneiros, por certo esse limite foi ultrapassado em algumas localidades. E deu a nítida impressão de que muitos deles foram manipulados para não trabalhar (Política, ontem). Quem estaria manipulando esses trabalhadores? Seus patrões? Serão eles autônomos? E até quando vão receber apoio da população das mais diferentes localidades do País?

Uriel Villas Boas

 Santos (SP)

Retrocesso 

 Com 10 anos, em 1951, no grupo escolar, eu já ouvia que não havia inflação nem grandes bancos, somente os pequenos. A eles pagávamos empréstimos com juros de 6% ao ano sobre o saldo devedor, e o trabalhador assalariado não pagava Imposto de Renda. Também não havia as multinacionais, apenas pequenas indústrias nacionais. Veículos vinham encaixotados e eram montados aqui. A malha ferroviária, de 40 mil quilômetros (poderia dar a volta no planeta), com trens de carga e de passageiros, atravessava o País em todos os sentidos e Estados. Podíamos viajar do Nordeste ao Sul e de Leste até a Bolívia. Mas a democracia já era bandalheira na época. E, hoje, pagamos muitos impostos, pedágios abusivos, combustíveis caros, de má qualidade e somos reféns dos caminhões, que, parados, param também o País. Montadoras, como sempre, sem controle de políticos, que ganham com isso, mandam todo lucro para fora, deixando-nos cada vez mais pobres, endividados e dependentes. Já se foram 60 anos de retrocesso. E, continuando assim, irão muitos mais. 

Nilson Martins Altran

São Caetano

Parente 

 Pedro Parente, em dois anos, recuperou a Petrobras, expoliada pelas propinas nos 13 anos das legendas PT, MDB e PP. Este é mesmo País de ‘politiquinhos’, ‘partidinhos’ e não querem gente honesta e competente!

Tânia Tavares

 Capital

Bom Pastor

 No dia 25, minha mulher tinha duas consultas na Clínica Bom Pastor: uma às 12h30 e outra às 13h30. Na primeira deu tudo certo, fomos muito bem atendidos. Na segunda, com o doutor José Blas Martinez Otazo, não foi a mesma coisa. A clínica não tem indicador de senha para os pacientes, e por ser espaço pequeno eles ficam espalhados. E o doutor José Blas não levanta da cadeira para chamá-los. Fala muito baixo. Minha mulher era a primeira da lista, mas quando ele a chamou ela não ouviu. Ela esperou o paciente sair da sala e foi falar com ele. Aí começou a humilhação. Disse ele: ‘Agora espera’. Ele chamou todo mundo, menos ela. Quando ela perguntou se ele iria atendê-la, apenas respondeu: ‘Espera’. Foi quando ela, não aguentando mais a humilhação e a vergonha, foi embora, chorando. Gostaria de deixar claro que não estava passando de graça. Por sinal, pago convênio muito caro, e quando preciso tenho que ser humilhado por alguém que se acha superior. Levei ao conhecimento do meu convênio, e o mesmo ficou de tomar providência. Estou no aguardo! 

Joel Tavares

Santo André




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