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Marco na cidade
S.Caetano comemora 300 anos de paróquia

História foi celebrada com missa que contou com presença de coral do Mosteiro de São Bento

Vanessa Soares
Do Diário do Grande ABC
11/12/2017 | 07:42
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Nario Barbosa/DGABC


 Há 300 anos os monges beneditinos davam início à construção da Paróquia São Caetano (na Praça Comendador Ermelino Matarazzo), da então Fazenda Beneditina Tijucuçu, que mais de 150 anos depois se tornaria o município tal qual é conhecido hoje.

E para celebrar o marco, na noite de ontem, uma missa foi celebrada no local, com a participação de diversas autoridades religiosas e municipais, como o prefeito José Auricchio Júnior (PSDB), na companhia da primeira-dama Denise Auricchio, alguns vereadores, entre eles o presidente da Câmara, Pio Mielo (PMDB), o bispo da Diocese de Santo André, dom Pedro Cipollini, e dom Abade Matthias Tolentino Braga, do Mosteiro de São Bento.

“A capela é um marco arquitetônico que demonstra a nossa história ao longo de 300 anos. A gente tem o hábito da memória, a comemoração nos últimos anos da autonomia da cidade, mas temos uma história mais longa que remonta três séculos e, talvez, a marca maior deste movimento está exatamente no espaço arquitetônico que é a capela representada. E hoje nós comemoramos isso”, celebrou Auricchio.

O ponto alto da celebração foi a participação do Coral de Canto Gregoriano da Ordem, formado pelos monges de São Bento. Essa foi a primeira vez desde 1877 que vozes beneditinas foram ouvidas sobre o mesmo chão da antiga capela, demolida em 1900 para edificação da igreja atual.

O ato teve início com o professor José de Souza Martins, estudioso do tema há mais de 60 anos. Ele leu um documento de um abade de 1772 no qual descreve a arquitetura da igreja com riqueza de detalhes durante a reconstrução da capela e que foi encontrado pelo professor há cerca de dez anos nos remanescentes dos arquivos do Mosteiro São Martinho de Tibães, em Portugal. “A ideia é revigorar a memória histórica de São Caetano, que é claudicante nesta questão da presença beneditina aqui durante 246 anos. É uma obra de civilização completamente esquecida. Um ato como esse ajuda a pensar criticamente no esquecimento”, explicou o professor.

Já para dom Pedro, a importância da capela na cidade está na origem. “Está no começo, no que marca, que foi motivação da presença da igreja aqui e uma série de outras coisas que na época a igreja levava avante, como a catequese dos índios, a cultura, escolas, trabalho”, declarou. Para o abade Mathias, descendente dos monges que estiveram em São Caetano, a cidade é uma síntese da história do Brasil. “Tem muitos municípios em São Paulo que surgiram com a estrada de ferro, com a produção de café e São Caetano nasce deste período”, acrescentou.




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