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Sexta-Feira, 26 de Abril de 2024

Crédito imobiliário vale a pena?
Do Diário do Grande ABC
17/11/2017 | 12:18
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Artigo

Comum em países como os Estados Unidos, o crédito com garantia de imóvel é operação ainda tímida no Brasil. Esse tipo de empréstimo, na prática, funciona como refinanciamento imobiliário e pode assegurar acesso a crédito com taxas de juros até 80% menores do que outras modalidades.

Porém, a resistência do brasileiro a essa operação se dá por barreira cultural. No País, ainda existe a ideia de que a alienação do imóvel como garantia em operações de crédito apresenta alto risco. Mas o mercado norte-americano mostra que esse temor não se sustenta. Nos Estados Unidos, o volume de crédito disponível para pessoas físicas e pequenas e médias empresas é 35 vezes maior do que no Brasil. Apesar disso, o brasileiro está duas vezes mais endividado do que o norte-americano.

Este cenário acontece justamente porque as operações de crédito mais populares no Brasil têm juros muito altos e prazos para quitação da dívida mais curtos. E essas são as maiores diferenças em relação a outras modalidades de crédito, como o empréstimo pessoal sem garantia, ou cheque especial e rotativo do cartão, duas das operações de créditos mais usuais entre os consumidores brasileiros.

Mesmo diante dos altos juros, três em cada dez brasileiros têm algum tipo de empréstimo contratado em bancos ou outras instituições financeiras. De acordo com levantamento feito pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito), do total de consumidores que recorrem ao crédito, 42% o fazem para quitar dívidas: é a principal finalidade do empréstimo pessoal no Brasil. Embora seja uma saída para regularizar dívidas, a escolha pelo empréstimo requer cuidados. Isso porque a taxa de juros pode ser até dez vezes maior entre as operações de crédito existentes no mercado para este fim.

Além da taxa de juros reduzida, o crédito com garantia de imóvel também é mais competitivo quanto ao prazo para pagamento da dívida, que é de até 180 meses, e quanto ao volume máximo de crédito disponível para o consumidor. E mais: é possível realizar toda a contratação pela internet graças ao advento das fintechs, startups do mercado financeiro que surgem para solucionar antigos problemas dos bancos.

O importante, para quem deseja tomar crédito e manter o orçamento em dia, é estudar qual modelo é mais benéfico para o seu perfil e avaliar nas instituições pré-selecionadas os valores das taxas de juros e condições do empréstimo. Seguindo esses passos e escolhendo a melhor opção, o crédito só vem a trazer vantagens para o tomador, que poderá utilizar o dinheiro como quiser e iniciar nova empreitada com as contas em dia.
Maria Teresa Fornea é cofundadora da empresa Bcredi.

Palavra do leitor

Dor de cabeça

Comprei um up! Move zero-quilômetro, com três anos de garantia, justamente para não ter dor de cabeça, mas o que mais tenho ultimamente é estresse por causa desse automóvel! Porque já tentei na ouvidoria da concessionária Original, em São Bernardo, no SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor) VW, no Reclame Aqui, mas nada. O descaso é enorme! São problemas em cima de problemas. Precisou meu carro dar pane e ser guinchado para novamente ir até a concessionária (pela quinta vez), isso depois de recorrentes problemas com a embreagem. E o carro não tem nem um ano e só fez a primeira revisão (hoje está com 17 mil quilômetros). Como soluciono meu caso com a Volkswagen? Quem irá ressarcir os prejuízos que estou tendo? O pós-venda é péssimo.

Rafael Ferreira
São Bernardo

Vaquinha

O Ministério Público Federal pediu bloqueio de R$ 24 milhões de Lula e seu filho Luiz Claudio. Como Gleise Hoffmann vai ter que providenciar mais uma vaquinha, sugiro que inicie as ligações pelo ator José de Abreu.

Claudio Juchem
Capital

Em Rio Grande

Em relação ao 14º Congresso de História e de Estudos Regionais do Grande ABC, em Rio Grande da Serra, parabenizo o sociólogo Jorge Magyar, gestor da seção de pesquisa e documentação de São Bernardo e coordenador do grupo temático de história e memória do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, pelo empenho, pela competência, fleuma e agilidade em resolver imprevistos ao coordenar as reuniões preparatórias, bem como seu envolvimento pleno nos dias do congresso. Aproveito para externar minha insatisfação em saber que Diadema deixou de ser partícipe do Consórcio, porque a alcaide tomou essa decisão sob alegação da alta dívida com o colegiado e, no seu viés, considerar que o município pouco recebe pelo muito que paga. Esta argumentação é questionável, porque o Consórcio ofereceu a opção de quitar a dívida de R$ 9 milhões de maneira parcelada. Mas o alcaide diademense resolveu quebrar a regionalidade, com o aval da Câmara de Diadema. Saudações congressistas.

João Paulo de Oliveira
Diadema

Autoritarismo

Está certo o presidente Temer quando alerta para a tendência ao autoritarismo que, em momentos de crise, se manifesta no povo brasileiro, bastando ver a quantidade de cidadãos dispostos a abrir mão da liberdade e responsabilidade cívica para aderir a movimentos autoritários tanto à esquerda como à direita (Política, ontem). No cerne desta tendência está a fantasia de que as coisas só se resolvem de cima para baixo. Nunca é demais enfatizar o valor da democracia, já que parte da população se distancia do fato de que esta só existe com a observância da independência dos poderes. É importante que o povo brasileiro tenha claro que soluções que ignorem a ordenação e independência dos poderes possa pôr fim a qualquer crise, podendo até trazer a aparência de solução, mas nunca duradoura, levando, após novo período, a outra crise mais grave ainda, pois não há paz que se sustente assentada em modelo onde grupo mande e o povo, se tiver juízo, que obedeça. Parabéns a Temer, portanto, por nos lembrar o quanto é importante perseguirmos o caminho democrático.

Eliana França Leme
Campinas (SP)

STF alivia

Neste Brasil, envolto de privilégios para as altas figuras das nossas instituições, tudo de excrescente é possível! Como dos deputados estaduais envolvidos em atos de corrupção pegos na Operação Cadeia Velha, da Polícia Federal, como Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi, que tiveram prisões decretadas pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região, mas que agora esfregam as mãos porque podem ter prisões revogadas se os deputados da Assembleia Legislativa do Rio assim decidirem em plenário. Por quê?! Único País em que o Judiciário, em casos de crimes contra o Estado, se posta abaixo das ordens do Legislativo.

Paulo Panossian
São Carlos (SP) 




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