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São Paulo e Corinthians
miram recomeço na Recopa

Majestoso começa a definir hoje, às 21h50, no
Morumbi, quem ficará com o título da Recopa

Por Thiago Bassan
03/07/2013 | 07:07
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Montagem/DGABC


Para recomeçar 2013, São Paulo e Corinthians entram em campo hoje, às 21h50, no Estádio do Morumbi, na disputa da primeira partida final da Recopa – reúne os campeões da Copa Sul-Americana e da Copa Libertadores da América de 2012 – com objetivo ainda maior do que a conquista do título: apagar o fraco primeiro semestre e, desta maneira, buscar força extra para conquistar o título brasileiro no fim do ano.

De um lado, o Tricolor vem a campo com sede de vingança. O time ainda não engoliu a eliminação para o arquirrival nas semifinais do Campeonato Paulista, quando caiu na decisão por pênaltis, após cobrança de Pato que o árbitro mandou voltar por causa do adiantamento do goleiro Rogério Ceni. Por isso, os tricolores não escondem a motivação especial em vencer o clássico. “Pela rivalidade, contra o Corinthians tem um gostinho a mais”, disse o volante Denílson.

Do outro, está o Corinthians, que depois da conquista do Paulistão não manteve o bom futebol e viu o desempenho no Campeonato Brasileiro – até o momento – despencar. O Timão ocupa a modesta 13ª colocação, com seis pontos. Será a chance também de ambos fazerem as torcidas esquecerem a maior frustração do primeiro semestre, quando foram eliminados na fase de oitavas de final da Libertadores, principal objetivo no cenário continental.

O Tricolor, que iniciou o ano motivado pelo título da Copa Sul-Americana, em dezembro, viveu semana trágica no início de maio, quando, três dias após ser eliminado pela sétima vez seguida no Estadual, caiu na Libertadores frente ao Atlético-MG. “O primeiro semestre não foi bom, mas temos a oportunidade na Recopa de conquistar um título contra um rival nosso e isso é muito importante para o clube e para os torcedores”, disse o meia Jadson, que volta à equipe empolgado após a conquista da Copa das Confederações pela Seleção Brasileira.

Em situação não muito diferente à do São Paulo aparece o Corinthians. Apesar do título paulista, a eliminação na Libertadores diante do Boca Juniores e o início ruim de Brasileirão são sinônimos de uma equipe que vive momento de transição, com as saídas do volante Paulinho, do atacante Jorge Henrique e as prováveis despedidas do zagueiro Chicão e do atacante Emerson Sheik.

O técnico corintiano Tite vai manter o esquema 4-3-2-1, com Guerrero isolado na frente, além de Émerson e Romarinho pouco atrás. A ideia do treinador é surpreender o adversário nos contra-ataques. Até mesmo um empate não é visto de maneira ruim pelos alvinegros, já que no dia 17 a decisão será em casa, no Pacaembu.

O São Paulo vem com formação menos ousada. O 4-4-2 do técnico Ney Franco tem apenas uma dúvida. Paulo Henrique Ganso e Aloísio brigam pela vaga ao lado de Jadson.

A rivalidade entre as equipes cresceu gradativamente nos últimos anos. E, em confrontos decisivos, o Timão tem levado a melhor. A última vez que o Tricolor superou o Corinthians em >mata-mata foi nas semifinais do Paulistão de 2000. Desde então, o time do Parque São Jorge eliminou o rival na Copa do Brasil (2002), no Estadual (2009 e 2013), além de conquistar outro Paulista, em 2003, e o Rio-São Paulo, em 2002.

 

Fabuloso pede postura aguerrida ao Tricolor

O atacante Luís Fabiano usou o exemplo de superação mostrado pela Seleção Brasileira para motivar seus companheiros no primeiro jogo da final da Recopa Sul-Americana, hoje, no Morumbi. Segundo o jogador, o Tricolor tem de entrar em campo com a mesma garra dos comandados pelo técnico Luiz Felipe Scolari

“Tivemos exemplo bem claro disso no domingo. Todo mundo falava que a Espanha era o bicho-papão, a favorita, com os melhores jogadores do mundo. E o que aconteceu? Eles foram atropelados. Isso aconteceu porque o Brasil teve espírito diferente. Todos lutaram do primeiro ao último minuto. Espero que possamos fazer isso contra um adversário bastante qualificado, que é o Corinthians”, projetou o Fabuloso.

Apesar de demonstrar confiança, o jogador já prepara o terreno no caso de o time sucumbir outra vez diante do maior rival – perdeu os dois jogos para o Timão pela competição estadual.

“Meu pensamento está positivo. Espero que a gente consiga vencer e ser campeão. Se eu não gostasse de críticas, teria abandonado o futebol. Sou culpado quando estou machucado, sou culpado quando estou em campo e o time perde. Fiquei no clube e, se não ganharmos, a vida continua. Sei o que vai acontecer, já estou acostumado. Isso só vai acabar quando o time for campeão e o Luís Fabiano fizer um gol”, comentou o craque.

O jogador só perdeu o sorriso no rosto quando foi caracterizado de atacante que só faz gols quando não são necessários. “Ignoro esse tipo de crítica. Os números estão aí para quem quiser ver. Querem colocar uma marca em mim, mas é só ver quantas finais eu joguei pelo Sevilla. Fazer 173 gols contra times fáceis é impossível. Mas na hora que a gente levantar uma taça o Luís Fabiano vai ser bom de novo e o cara.




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