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Descolamento de placenta
Ademir Medici
19/05/2017 | 07:00
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 Placenta é uma estrutura formada durante a gravidez, com a função de nutrição e troca de gás carbônico/oxigênio entre feto e mãe.

Esse órgão ovalado e achatado implanta-se na parede interna uterina, permanecendo fixada durante a gravidez, no parto se descola e é espontaneamente eliminada após a saída do bebê.

O DPP (Descolamento Prematuro da Placenta) é a separação intempestiva e prematura da placenta implantada depois da 20ª semana de gestação.

Quadro de dor abdominal repentina e sangramento vaginal podem variar e não corresponde necessariamente à quantidade de placenta que foi separada da parede do útero.

Às vezes pode ocorrer uma DPP grave e sem sangramento visível, com o sangue ficando retido internamente ao útero pela placenta.

No caso do descolamento acontecer lentamente, o sangramento vaginal pode ser intermitente, gerando dificuldades no desenvolvimento do bebê, redução do líquido amniótico, entre outras complicações.

Pode ser dividida em traumática interna/externa e não traumática, com incidência mundial de 1% ou seja, de 6,5 a cada 1.000 partos.

Nos Estados Unidos a frequência é de 1/120 partos, enquanto que no Brasil chega a 0,5 a 1,5% após a 20ª semana, representando mais de 30% de todas as hemorragias do terceiro trimestre.

Cinquenta por cento dos casos ocorrem antes do início do trabalho de parto; 40%, durante o período de dilatação; e 10%, no período expulsivo.

 

Fatores de risco:

Hipertensão arterial.

Episódio anterior de descolamento da placenta.

Tabagismo.

Idade materna acima de 40 anos.

Uso de drogas.

Cicatriz uterina.

Miomatose.

Traumas abdominais.

Ruptura prematura do saco amniótico.

Distúrbios de coagulação sanguínea.

Gravidez múltipla.

 

Sinais e sintomas:

Sangramento vaginal.

Dor abdominal.

Dor nas costas.

Distócia funcional.

Contrações uterinas rápidas.

O diagnóstico é baseado na história, nos achados do quadro clínico e no exame físico da paciente. Geralmente acompanhado de ultrassom pélvico, hemograma, monitoramento fetal, dosagem do fibrinogênio e provas de coagulação.

 

Saiba mais:

A placenta é parte fundamental da gestação.

A DPP pode levar a um parto prematuro ou à morte do bebê.

A placenta também funciona como uma espécie de filtro que determina o que deve ou não chegar até o bebê como, por exemplo, bactérias e doenças.

Medicamentos que conseguem passar por essa barreira protetora da placenta são vetados.

A placenta também é secretora de diversos hormônios responsáveis pela saúde na gravidez.

O descolamento de placenta é mais comum após o início da 27º semana.

É importante dizer que nem todo sangramento na gestação é sinal de descolamento de placenta, mas a causa deve ser investigada.

Muitas vezes o útero torna-se mais sensível com cólicas de repetição a pequenos intervalos ou cólica contínua que não cede.

Faça sempre acompanhamento pré-natal.




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