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Sexta-Feira, 19 de Abril de 2024

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Os Scarpa chegam a Santo André

Há exato um século, na virada de 1919 para 1920, a primeira grande indústria de Santo André, a Ipiranguinha, iniciava um novo capítulo, com a sua transferência para a firma Scarpa & Cia

Por Ademir Medici
Do Diário do Grande ABC
05/01/2020 | 07:00
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A Tecelagem Ipiranguinha é pauta constante aqui em Memória.

Em 2017, sobre 1917, escrevemos: “E a Ipiranguinha voltou a apitar...”

Em 2018, sobre 1918, “De volta às alamedas da Ipiranguinha”.

Em 2019, sobre 1919, várias notícias do tempo em que a Ipiranguinha era dirigida pelo industrial Antonio Pereira Ignacio – empreendedor presente em todos os fascículos que tratam da industrialização paulista e brasileira.

Neste início de 2020, a notícia de que, após permanecer parada vários meses em 1919, a Ipiranguinha era transferida para a Scarpa & Cia., capítulo que prosseguirá até 1931, quando terá nova direção.

DOCUMENTO
Afora a página Memória, o Diário sempre teve a Ipiranguinha como pauta. Já nos referimos à reportagem escrita em 1969 por Cássio Loredano, com fotos de Pedro Martinelli, que entrevistaram e fotografaram um dos antigos da Ipiranguinha, Joaquim Augusto da Cunha, que trabalhou na empresa de 1912 a 1967, quando se aposentou.

ALTOS E BAIXOS
Ipiranguinha nunca foi razão social, apenas um apelido, mais famoso que as marcas, até mesmo dos tecidos Lucinda, do tempo de Pereira Ignacio.

As primeiras greves registradas, no início do século XX, apontam a Ipiranguinha com o nome de Silva, Seabra & Cia.

A fábrica será propriedade de um industrial inglês, Simeão Boys, posteriormente dirigida pelos seus filhos, Alberto e Alfredo.

Em 1956 quem a assume é a Santo André Têxtil. Levará a indústria até o fim, em 1967. Em 1968 ocorre a desapropriação das instalações. Vai cruzar a fábrica a Avenida Perimetral, hoje denominada Jornalista Edson Danilo Dotto, em homenagem ao diretor-presidente fundador do Diário.

Para a industrialização brasileira, um grande empreendimento; para o movimento sindical, grandes disputas. Num artigo daqueles bem encardidos a Ipiranguinha chegou a ser chamada de “presídio industrial”. E a grande tragédia foi o assassinado de um jovem tecelão, Constantino Castelani, durante passeata em plena Rua Coronel Oliveira Lima.

Historicamente, a Ipiranguinha representa para Santo André o mesmo que representaram outras indústrias suas contemporâneas – igualmente fundadas no fim do século XX. São os casos da Kowarick e da Streiff.

ICONOGRAFIA
A Fundação Bunge reúne importantes documentos acerca da Ipiranguinha. Memória também já se referiu a esta Fundação. O acesso é livre. Centro de Memória. Rua Diogo Moreira, 184, quinto andar – Pinheiros, São Paulo (SP). Telefone: 3914-0846

Diário há 30 anos...
Sexta-feira, 5 de janeiro de 1990 ano 32, edição 7268
Manchete – Noriega nos Estados Unidos espera julgamento
O ex-ditador do Panamá poderá ser condenado a até 145 anos de prisão por tráfico de drogas e conspiração.
Santo André – Erro em conta do Semasa é corrigido em 24 horas. A autarquia devolverá dinheiro de conta que foi cobrado a mais.
Carnaval 90 – Verba de R$ 910 mil em São Bernardo para as oito escolas de samba e sete blocos carnavalescos. “É muito pouco”, queixa-se Natal Gomes de Carvalho, presidente da ES Acadêmicos do Baeta. Na presidência da comissão de Carnaval o vice-prefeito Djalma Bom.

Em 5 de janeiro de...
1915 – Eleita a nova diretoria do Brasil FC, de Santo André, com três presidentes honorários: senador Flaquer, prefeito Saladino e Dr. Christovão da Gama; como presidente efetivo, Paulino Brasilio de Lima.
1920 – Segue para o Estado de Pernambuco, a serviço da sua profissão, o Dr. Norberto de Oliveira, residente em Santo André.
1930 – Em campanha à Presidência da República, Getúlio Vargas e João Pessoa passam de carro por São Bernardo.
1940 – Rádio Bandeirante (no singular), PRH 9, comemora a passagem do primeiro aniversário do programa Teatro para Você, com direção de Farid Riskallah. É irradiada peça em três atos, Alegrete, de Dario Nicodemi. Entre os atores, o jovem Wilson Fittipaldi (pai).
1960 – Na primeira partida pela finalíssima do Campeonato Paulista de 1959, Palmeiras e Santos empatam no Pacaembu: 1 a 1, gols de Pelé e Zequinha.
Os palmeirenses se concentraram para o jogo em Eldorado, Diadema; os santistas subiram a serra e fizeram concentração em Ribeirão Pires.
O segundo jogo é marcado para dois dias depois, no mesmo Pacaembu.

Santos do dia
Eduardo
Emiliana
Simeão Estilita
JOÃO NEPOMUCENO NEUMANN (1811-1860). Fundador da Ordem Terceira de São Francisco: eslavo, atuou como bispo nos Estados Unidos




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