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Palavra do leitor
Palavra do leitor
Do Diário do Grande ABC
29/08/2020 | 13:18
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Comparada com outros países, a reeleição dos integrantes do Poder Executivo é algo recente, com pouco mais de duas décadas, mas já está enraizada no sistema político-eleitoral e para a população funciona como espécie de recall. Desde a instalação da regra, todos os presidentes da República que buscaram renovar seus mandatos conseguiram a vitória.

Já para as eleições municipais o índice é volátil. Sempre com a média de 55%, em 2008 alcançou o maior número, com 66% dos prefeitos que tentaram segundo mandato consecutivo e se sagraram vencedores. Entretanto, em 2016 o dígito caiu para o menor da série histórica, apenas 47%.

Influenciam nesses dados diversos fatores, como gestão, qualidades pessoais, desempenho da economia local e nacional, humores, preocupações do eleitorado e taxas de conhecimento, aprovação e rejeição. Na eleição de 15 de novembro há nova carta na mesa que surgiu inesperadamente: a pandemia mundial do novo coronavírus.

Não há dúvida de que este pleito favorecerá o bom gestor que será candidato à reeleição. Além das questões sanitárias que impedem (ou deveriam impedir) aglomerações e consequentemente reuniões com grande número de pessoas e outras atividades corriqueiras de uma campanha eleitoral, o que favorece o candidato mais conhecido (geralmente a cidade inteira conhece quem é o prefeito). Nesse período, os chefes de Executivo tiveram ampla exposição positiva na mídia com entrevistas, reportagens e lives, o que levou a natural aumento de visibilidade. Desde que, claro, combinado com boa e transparente comunicação e acertadas iniciativas de governo.

Outro ponto a ser considerado é o da segurança. Em maior ou menor escala, em cenário de pandemia, as pessoas se sentem em risco e vulneráveis. Assim sendo, tendem a apoiar o candidato à reeleição por já conhecerem qual é a sua linha de ação, seu estilo, plano de governo, planejamento e eficácia. É o dilema popularmente conhecido como ‘trocar o certo pelo duvidoso’. Na dúvida, a população prefere quem já mostrou trabalho, competência e responsabilidade no trato com a cidade, a Covid-19 e seus problemas.

Claro que não há certeza absoluta, verdade infalível e obviamente haverá casos em que o prefeito não se reelegerá. Seja por conjuntura, gestão rejeitada, escândalos e também quando for confrontado nas urnas com adversários tão conhecidos quanto e que exerceram ou exercem cargos públicos de prestígio e mostraram bom trabalho.
Mas o processo eleitoral é perspectiva e a para o pleito deste ano é a da continuidade. O índice de prefeitos reeleitos será muito maior que os 47% da última eleição municipal.

Caio Bruno é jornalista e morador de São Caetano. 

PALAVRA DO LEITOR

Desesperados

 Em minha opinião, os viúvos e viúvas de Lula estão desesperados. Aquela meia dúzia de sempre que se manifesta nesta coluna está muito preocupada com a mulher do presidente. Será que tem a mesma preocupação com a própria família? Falta argumento, então se apegam a afirmações de pessoas irresponsáveis e covardes que querem prejudicar o Brasil por questões ideológicas, sem se importar com as consequências. Acho que os viúvos de Lula deveriam se preocupar com 2022, quando, pelas previsões, vão para segundo turno Bolsonaro e Moro. Em quem irão votar? Quero ver qual vai ser o discurso dos esquerdistas. Mas vai ser engraçado ver petista votando em Moro. Ah, isso vai!

Donaldo Dagnone

Santo André

Cidade da Criança

 Li a reportagem sobre o fechamento do Parque Cidade da Criança, em São Bernardo, devido à pandemia do coronavírus (Política, dia 27). Não concordo que a culpa tenha sido da Prefeitura, pois, devido à pandemia, para segurança de todos, o País inteiro parou atividades não essenciais. Agora, com a retomada gradual das atividades, muito comércio também encerrou atividades. Infelizmente o fechamento do parque foi consequência da situação. 

Keiko Sakata

São Bernardo

Witzel  

 O ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Benedito Gonçalves afastou do cargo o governador Wilson Witzel, do Rio de Janeiro, por 180 dias por suspeitas de irregularidades na saúde. Calma, não é hora de comemoração. Quando o STF (Supremo Tribunal Federal) acordar veremos que foi apenas um sniper que passou perto do governador. 

Luciana Lins 

 Campinas- SP

  

Crescimento 

 Refletindo sobre a reportagem ‘Crescimento populacional na região segue tendência nacional’ (Setecidades, ontem), chego à conclusão de que as nossas cidades do Grande ABC são provas de sucesso e de fracasso civilizatórios: sucesso no crescimento e evolução e fracasso na organização social e econômica. É nas grandes cidades da região (mais de 500 mil habitantes) que estão oferta de emprego e de renda, serviços públicos de saúde e de educação, atividade cultural mais generalizada e mais completa. Ao mesmo tempo, é nessas cidades que estão desemprego, crises existenciais, desigualdade na renda, sentimento de fracasso, perdas de vida por violência, por trânsito ou por longos tempos perdidos no deslocamento entre os lugares de vida, doméstico, de trabalho ou lazer. Os novos tempos exigem novo conceito de cidade e isso exige nova forma de gestão, não apenas no sentido de gerência, mas na concepção do mundo em tempo de inteligência artificial e funcionamento em rede. 

José Lourenço Pechtoll

Santo André

AntiLula 

 Todo antiLula perde o bom-senso? Na esteira da grande pergunta nacional a Bolsonaro, por que sua mulher recebeu R$ 89 mil de Fabrício Queiroz, um leitor, nesta Palavra do Leitor, pergunta por que a Oi/Telemar pagou R$ 132 milhões ao filho de Lula (Pergunta, ontem). Será que ele quis insinuar que um crime justifica o outro? Além do mais, parece que acreditar em fake tem sido escapatória malandra para os que apoiam as ilegalidades do presidente. Tempos sombrios. Sociedade que admite flexibilidades morais precisa ser medicada.

Luiz Gonzaga do Monte Carmelo

São Bernardo

Pretos e pardos

 Com todo respeito que merecem os organizadores, mas a pesquisa em que ‘assassinatos de pretos e pardos crescem 11,5% em uma década’ (Setecidades, ontem) parece-me estar incompleta. Creio que o correto seria que a pesquisa, em se tratando de homicídios, fosse completa, apontando o número de policiais militares e civis assassinados no Brasil e seus autores, se brancos, pretos ou pardos, como cita o texto. Conforme números da AOPM (Associação dos Oficiais da Polícia Militar), até fevereiro de 2004 o número de policiais mortos era de 500 por ano. E para cada policial morto existem em média três feridos (tentativas de homicídio), equivalente a 30 mil policiais feridos em duas décadas. Deixo registrado que em hipótese alguma sou racista. Que se faça nova pesquisa para saber quem são os autores de tantos homicídios registrados no País, se eles são negros ou pardos.

Arlindo Ligeirinho Ribeiro

Diadema




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