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Orai sem cessar

Uma das práticas que a liturgia quaresmal nos aponta para intensificarmos neste tempo é a oração

Do Diário do Grande ABC
01/03/2015 | 12:31
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Uma das práticas que a liturgia quaresmal nos aponta para intensificarmos neste tempo é a oração. Encontramos essa necessidade mesmo fora do cristianismo: a oração é fenômeno antropológico, isto é, todos os homens, de uma forma ou de outra, rezam, sentem a necessidade de se relacionar com Deus, de buscar o transcendente. O diálogo com Deus ocupa, certamente, o primeiro lugar para quem decide dar-se a vida interior intensa. Deus se doa a quem, totalmente e sem reserva, a Ele se doa. Para nós, a oração é a um Deus próximo, que nos fala ao coração, e que enviou o seu Filho para morar conosco.

A mística da vida de oração nos faz viver diante de Deus respondendo ao chamado de ‘orar sem cessar’. Ouvir o Senhor, que nos fala ao coração, e falar de nossa vida e situação agradecendo, louvando, pedindo. Alicerçados principalmente na luz da palavra de Deus, que é luz para nosso caminho e nos ajuda no caminho da vida de oração.

A vida interior é vida de oração. Cada um deve encontrar tempo para estar com o Senhor em íntima comunhão e diálogo de amizade. Sem a vivência dos valores espirituais e evangélicos, não é possível ter conhecimento experiencial de Deus. Qualquer pessoa que queira desenvolver a sua vida espiritual deve todos os dias encontrar o tempo suficiente para dedicar-se a determinados atos de oração. 

Assim como neste tempo somos chamados à ascese, como penitência para acolhermos a conversão, a mística que nos faz viver em comunhão com o Senhor deve estar em nossa vida a cada instante. Na Bíblia, não encontramos nenhuma definição de oração, mas situações descritivas de homens e de mulheres que rezam. Na experiência mística de tantos irmãos e irmãs nossos, ao longo dos séculos, muitos santos, teólogos, místicos partilharam essa experiência desse misterioso e vivo diálogo com Deus. 

Nunca devemos nos esquecer de que a oração, mais do que esforço pessoal ou iniciativa humana, é dom gratuito de Deus. E, sendo Deus amor, inicia o diálogo, procura-nos. Como bem disse São João da Cruz: ‘Se é verdade que o homem procura a Deus, ainda mais é verdade que Deus procura o homem’. A Quaresma é tempo especial em que a Igreja nos convida à prática do jejum, da esmola e da oração, a fim de que nós possamos nos preparar integralmente para reviver a vitória sobre a morte que Cristo veio trazer para toda a humanidade.

Pela oração, tornamo-nos mais próximos de Deus, conversamos com Ele, pedimos, agradecemos, mas também aprendemos a escutar. Escutamos Deus através do nosso exame de consciência, através de nossas orações e da análise dos acontecimentos.

Orani João Tempesta é cardeal arcebispo metropolitano da cidade do Rio de Janeiro (RJ). 

Palavra do leitor

Mário Covas

Buscar remédio de alto custo na farmácia do Hospital Mário Covas é tremendo sacrifício! São horas e horas de filas e atendimento digno do Estado! Dia 25, foram buscar para mim remédios para evitar rejeição pós-transplante. O médico mudou o medicamento Myfortic para o Rapamicida (que estava no estoque). O médico mandou junto com a receita carta explicando o motivo da troca. O código (CID) para transplantado de fígado, meu caso, é Z94.4, mas no atendimento leram 794.4. Aí, disseram que o pedido estava indeferido. Na farmácia deveriam estar acostumados com as letras dos médicos. O Z94.4 é bem parecido com o 794.4, mas a medicação é bem diferente. Não dá para confundir, mesmo sendo letra de médico!

Serge R. Vandevelde

São Bernardo

Da fantasia

Parece que nossos dirigentes estão vivendo em ‘ilha da fantasia’. Enquanto o povo e os empresários sentem na pele os desmandos do governo federal, com aumento de impostos, combustíveis, inflação e diminuição dos benefícios previdenciários, nossos parlamentares reajustam seus próprios vencimentos em R$ 150 milhões por ano. A redução de ministérios, despesas com cartões corporativos, viagens particulares em aviões militares, despesas de gabinete etc nem passa pela cabeça deles. 

Vanderlei A. Retondo

Santo André

Bolo na Saúde

Fiquei indignada com a postura totalmente antiética do psiquiatra Drauzio Viegas Junior, ao referir-se como brincadeira o protesto da senhora Dalva Nogueira (Setecidades, dia 26). Quem organizou o ato foi seu marido e não ela, o que não justifica o médico tê-la ridicularizado. E se foi brincadeira, por que levaram a sério e logo marcaram a consulta? Hoje em dia, temos de ter muita criatividade para chamar a atenção dos órgãos públicos. Já fui alvo de chacota por parte da Prefeitura de São Bernardo, quando reclamei da demora no atendimento na UBS Alves Dias. Se o médico teve de se ausentar, a senhora deveria ter sido remanejada para outra UBS. Meus parabéns à equipe deste Diário pela ajuda e compreensão para mais uma injustiçada pelo descaso na Saúde. Acho que vou preparar bolo também, de respeito. Vão sobrar muitos pedaços.

Kioko Sakata

São Bernardo

Por quê?

Gostaria de entender por que o ex-presidente, aparentemente bem-sucedido, pois atingiu o comando do País, governou com relativa tranquilidade e fez sua sucessora por dois períodos, se mostra tão revoltado, pois sempre vociferante contra as pessoas que exercem o direito inalienável à livre opinião e cobrança às autoridades, garantidas pela nossa Constituição. Por que esse ódio latente expelido por todos os poros em seus discursos? O quê esse homem pretende estimulando o conflito social? Só o efêmero poder? Que adianta ter poder sobre zumbis em terra arrasada? É assim que esse senhor pretende passar para a história? 

Aparecida Dileide Gaziolla

São Caetano

Água

A água é bem natural que deveria ser distribuído gratuitamente à população. Pagamos impostos caríssimos, mas os benefícios são poucos. Não foram feitos os investimentos necessários para diminuir a perda nas redes, que chega a 30%; não investiram em projetos de conservação dos mananciais, nascentes e rios, deixaram a invasão descontrolada nessas áreas e agora vêm os governantes e culpam a população. Gostaria de ler e ouvir notícias como: ‘Vamos tomar medidas no sentido de buscar soluções’. Mas ouvimos apenas: ‘Vamos fiscalizar, vamos multar’. O vilão é sempre o povo! Coitado do povo, sempre se vira como pode.

Raquel Alves

Santo André




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