A Ford traz ao mercado de utilitários esportivos o EcoSport Storm 4WD (4x4). E, se faltavam itens de apelo às versões de 2004 e 2012, como, por exemplo, visual diferenciado e câmbio automático, agora a caranga, vinda de duas gerações e três reestilizações, está recheada de equipamentos que se espera para essa faixa de preço (R$ 99,9 mil). E bastante tecnologia. Verdadeira mistura de força e requinte.

Apresentado à imprensa na Fazenda Boa Vista, em Porto Feliz, Interior de São Paulo, o Storm (tempestade em inglês) é um carrão. O motor – 2.0 Direct Flex de 176 cv –, em conjunto com nova transmissão automática de seis velocidades com conversor de torque, faz das trocas sequenciais suaves, sem solavancos, imperceptíveis (há opção de trocas manuais por borboletas atrás do volante, o Paddle Shift) – será que ainda há quem goste?

O sistema de tração (Advance Trac) funciona sem a necessidade de intervenção do condutor, distribuindo o torque entre as quatro rodas visando garantir mais eficiência e segurança à rodagem. A suspensão é independente multilink, necessária ao 4x4, com molas com rigidez progressiva, o que melhora a dirigibilidade, e, junto com tração automática 4WD (Wheel Drive), deixa o bruto mais preciso nas curvas e preparado para enfrentar as ruas esburacadas da região, já que o sistema detecta diferenças de tração nas rodas e determina a distribuição ideal de torque entre elas para melhor desempenho em pisos irregulares.

Outro ponto positivo é a correção de molas, amortecedores e buchas feita pelo próprio Storm. O sistema funciona o tempo todo. A equipe do Diário guiou o topo de linha da EcoSport em asfalto, terra e cascalho e pôde constatar que, mesmo em terreno irregular, o SUV manteve a estabilidade e o conforto. Gostoso de abusar do pedal, sem ter de, ao fim da corrida, esticar as pernas e a coluna. Claro, obedecendo aos limites de velocidade.

O design é moderno, com itens de ostentação. No interior, cores escuras predominam, inclusive nos bancos, contrastando com detalhes em laranja acetinado no painel, no console e nas portas. O banco traseiro é bipartido. Traz ainda chave de presença e partida no botão, central multimídia Sync 3 com tela flutuante e sensível ao toque de oito polegadas, teto solar elétrico, ar-condicionado automático digital, computador de bordo, câmera de ré, sensor de chuva. E tem mais: volante emborrachado com costura de baseball, monitoramento dos pneus, controle de estabilidade, sete air bags (frontais, laterais, de cortina e de joelho para o motorista), controle eletrônico de estabilidade, sistema anticapotamento (RSC), assistente de partida em rampa, faróis de xênon com luzes diurnas de LED e faróis de neblina, entre outros mimos.

Na frente, a grade com o nome Storm grande e em relevo dá aparência de ‘agressivo’ ao possante. Storm também está ‘tatuado’ nas laterais. Molduras sobre a caixa de rodas, faróis de xenon com máscara negra, capa de estepe rígida, rodas – bonitas – de 17 polegadas, e retrovisores, maçanetas, rack e barras sobre o teto na cor cinza Dark London complementam o visual. A altura em relação ao solo foi alterada, a 199 milímetros do chão.