Política Titulo Vazio
Sobra espaço
na Câmara de
São Bernardo

Estrutura do Legislativo acumula salas ociosas, que vão demorar para ser totalmente ocupadas

Rogério Santos
Do Diário do Grande ABC
06/08/2013 | 07:00
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Andréa Iseki/DGABC


A conclusão das obras no prédio da Câmara de São Bernardo, que consumiu cerca de R$ 35 milhões, expõe um desafio ao atual presidente do Legislativo, Tião Mateus (PT), e aos próximos comandantes da Casa: como utilizar todo o espaço da faraônica obra?

Pelo menos seis salas do novo prédio estão desocupadas e vão demorar para ser utilizadas de fato. O chefe do Legislativo vislumbra transferir a biblioteca da Casa para o novo espaço e instalar uma unidade do restaurante-escola. O projeto funciona desde 2004 na Câmara da Capital, atendendo cerca de 60 jovens entre 17 e 21 anos em situação de vulnerabilidade social.

Mesmo se o petista adotar essas medidas, a Câmara continuará com espaços vazios. Logo na entrada do prédio há um enorme saguão, que só foi utilizado na inauguração do prédio inacabado, em 12 de dezembro. O pomposo evento, organizado pelo ex-presidente da Câmara e idealizador da construção, Hiroyuki Minami (PSDB), teve ato ecumênico e descerramento de placa, apesar do forte cheiro de tinta e da movimentação de operários trabalhando no local.

Outra demonstração da falta de planejamento na execução da obra é que agora o Legislativo conta com dois miniauditórios, conhecidos como ‘plenarinhos’.

O primeiro fica no anexo 1, entregue em novembro de 2008 e que tem ligação por passarela com o novo edifício. O outro auditório está situado na nova estrutura e tem sido utilizado para abrigar debates e reuniões, como o Seminário de Agricultura e Agroecologia de São Bernardo, promovido pela deputada estadual Ana do Carmo (PT).

A suntuosidade do Legislativo são-bernardense contrasta com a falta de sede própria para a Câmara de Rio Grande da Serra, onde os trabalhos são realizados em espaço alugado em cima de uma farmácia, cujo aluguel anual é de R$ 78 mil.




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