A grande lição do arquiteto italiano Enrico Mangoni, há uma semana, na Associação dos Engenheiros e Arquitetos do ABC, está sintetizada na frase que emoldura Memória: “A engenharia é questão de conhecimento, de inteligência, de sentimento”.

Em sua palestra, Enrico Mangoni deixou outras lições:

1 – Não é possível restaurar um bem histórico sem conhecer profundamente a sua história.

2 – Diante do patrimônio, o restaurador tem que ter uma abordagem semelhante ao médico diante do seu paciente.

Várias vezes a palavra ‘emoção’ foi citada na fala de Enrico Mangoni – uma ferramenta a mais quando o profissional vês-se às voltas com o desafio de recuperar um bem que necessita de preservação.

Mangoni citou as lições emanadas da natureza. Destacou a resistência do bambu. Defendeu que o trabalho de restauro requer, muitas vezes, “um monte de fantasias”.

Estes foram os pontos mais positivos da palestra. O negativo ficou por conta do pouco espaço dado à questão de Paranapiacaba, que não possui um projeto avançado de recuperação – até possuía, nos governos Celso Daniel e João Avamileno. Mas a gestão Aidan Ravin brecou tudo. E a gestão Carlos Grana ainda não recuperou o tempo perdido.

Lembramos aos organizadores da palestra que muitos dos presentes compareceram pelo gancho Paranapiacaba, registrado até na matéria de divulgação. Saíram frustrados da Associação, em especial porque as perguntas eram livres desde que o tema não insistisse na restauração da vila ferroviária. Uma pena.

Sacilotto

Paulinho Serra, neto do Américo Pinto Serra, o andreense Serra... difícil acreditar que alguém como ele tenha mexido com a memória social e artística de Santo André de forma tão negativa. A obra de Luiz Sacilotto deve voltar para o lugar de onde nunca deveria ter saído. Que história é essa!

Está certo, depois da mancada vieram as explicações oficiais – sempre elas. Mas diante da manifestação voluntária da nossa gente, era preciso uma resposta imediata de reformulação da ideia inicial, ideia absolutamente infeliz.

Memória aguardou pela resposta, que não veio, e agora manifestamos a nossa decepção.

Paulinho Serra, é sua obrigação como administrador público atender à vontade coletiva. Devolva a obra do Sacilotto para o seu legítimo cenário. Não a esconda. Já bastam as andanças do relógio doado à cidade, em 1953, pela sua colônia portuguesa, que deixou a Praça 4º Centenário, chegou a Bernardino de Campos, fez estágio no Largo da Estátua e hoje está no Jaçatuba.

O eixo da Oliveira Lima é o espaço do saudoso Luiz Sacilotto, orgulho do concretismo nacional e internacional. Orgulho de Santo André e do Grande ABC.

DIÁRIO HÁ 30 ANOS

Terça-feira, 16 de agosto de 1983 – Ano 26, Nº 5289

Manchete – Parecer contra as aplicações oficiais não preocupa região; governo nega moratória, mas admite renegociação.

Santo André – Taxa de água sobe 41%.

Política – Chapa Articulação 113 vence a convenção regional do PT realizada em São Caetano.

Futebol – Sábado, no Baetão: EC São Bernardo 1, Saltense 0, gol de Tuico; em São Caetano, Saad 0, Suzano 1; domingo, no Parque Antarctica, Palmeiras 1, Santo André 0.

Adeus – Morre Alceu Amoroso Lima, o Tristão de Athayde, pensador católico.

EM 16 DE AGOSTO DE...

1928 – Fundada a AA Paulicéa, de São Caetano

1978 – Prefeito Lincoln Grillo, de Santo André, constitui a Comab (Companhia Municipal de Abastecimento).

Nasce uma fábrica

Texto – Priscila Ventura

Nome da Braskem, sucessora da Tetrâmero: João Carlos Hermenegildo, 61 anos. Ingressou na empresa como operador, depois trabalhou como técnico de segurança e hoje atua no Núcleo SSMA.

MUNICÍPIOS PAULISTAS

Hoje é o aniversário de São Bento do Sapucaí, Santa Gertrudes, São Roque, Taquaritinga e Taquarituba.

SANTOS DO DIA

- Estevão da Hungria

- Roque

- Alsácio

Épamigos

Ele participa da festa mensal dos antigos do departamento de engenharia de produtos da GMB: na foto, Eduardo Righetto.

* Ademir Medici é jornalista e autor de livros sobre a memória do Grande ABC

FALECIMENTOS

SANTO ANDRÉ

Rosalina Piassi Galahço, 97. Natural de Bocaina (SP). Dia 12, em Santo André. Cemitério Camilópolis.

Hermelinda Rosa Banhara, 85. Natural de São João da Bocaina (SP). Dia 12. Cemitério Camilópolis.

Maria do Socorro Vasconcelos, 68. Natural de Valparaiso (SP). Dia 12. Cemitério Curuçá.

Lourdes Gonçalves Cavalcante, 51. Natural de São Paulo (SP). Dia 11, em São Bernardo. Cemitério Curuçá.

SÃO BERNARDO

Mafalda Alidia Fabretti Pessotti, 94. Natural de São Bernardo. Dia 14. Cemitério de Vila Euclides.

Marcelina Brunel, 88. Natural de Aquidauana (MT). Dia 13. Cemitério dos Casa.

Ana Maria da Conceição, 84. Natural de Juazeiro do Norte (CE). Dia 13. Cemitério dos Casa.

Terezinha Calixto Garajau, 76. Natural de Braunas (MG). Dia 14. Cemitério do Baeta.

João Ferreira de Araújo, 70. Natural de Serrinha (BA). Dia 14. Cemitério da Paulicéia.

Pedro Martins de Mesquita, 61. Natural de Sobral (CE). Dia 12. Cemitério dos Casa.

Altamiro Batista dos Santos, 56. Natural de Vitória da Conquista (BA). Dia 13. Cemitério dos Casa.

DIADEMA

Maria Iraneide Lima de Oliveira, 43. Natural de Ibuaçu (CE). Dia 11, em São Bernardo. Cemitério Municipal.

RIO GRANDE DA SERRA

Geraldo José Sancho, 78. Natural de Guanhaes (MG). Ontem. Cemitério São Sebastião.

Gilsimar Aparecido dos Santos Almeida, 27. Natural de Mercês (MG). Dia 13. Cemitério São Sebastião.

Serviços Funerários: Santo André – 4433-3544; São Bernardo – 4330-4527; Diadema – 4056-1045; Mauá – 4514-7399; Ribeirão Pires – 4828-1436; Rio Grande da Serra – 4820-4353.

Para anunciar um falecimento, ligue para 4435-8000.