O Sineduc (Sindicato dos Professores das Escolas Públicas Municipais de Ribeirão Pires) convocou para esta quinta-feira, na Câmara, protesto para reivindicar à Prefeitura o reajuste salarial, que, de acordo com a entidade, deveria ter sido dado em janeiro deste ano. Segundo a presidente do Sineduc, Perla de Freitas, a administração de Ribeirão não quer pagar o reajuste para toda a categoria, mas, sim, para quem ganha abaixo do piso nacional dos professores, que, hoje, está em R$ 2.298.

“O prefeito tem que corrigir o piso dos professores de forma uniforme, de toda a tabela. Tem que aplicar a lei do piso do jeito que ela á, garantindo a carreira e a valorização dos professores”, disse.

Perla explicou que, com essa atitude, a Prefeitura vai igualar salários de professores com Ensino Superior completo a profissionais que tenham apenas Ensino Médio, por exemplo, o que desvaloriza a categoria e pode acarretar em debandada de profissionais capacitados para outras cidades. “É inadmissível o prefeito, em menos de 12 meses, destruir uma luta ao longo de décadas”, falou. “A Educação é inimiga do prefeito?”, indagou a presidente do sindicato. “Do jeito que está, parece que sim”, completou.

A entidade entregou à população da cidade, na manhã desta quarta-feira, cartas que expõem a insatisfação com a administração do prefeito Adler Kiko Teixeira (PSB). De acordo com o Sineduc, foram cerca de 5.000 cartas entregues na cidade. Não existe expectativa de greve, por enquanto. A intenção da presidente, segundo ela, é dialogar com o Paço.

A administração informou, por meio de nota, que “a Prefeitura segue avaliando a possibilidade de reposição da inflação anual ao salário de todos os servidores municipais. A possibilidade de realizar a reposição está diretamente relacionada com comportamento da receita municipal. A Prefeitura segue os parâmetros estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal para o controle das despesas com pessoal”. O texto ainda diz que o Paço está à disposição do sindicato para diálogo.