Política Titulo Mauá
Márcio Chaves declina pela 2ª vez cargo no Paço de Mauá

Ex-vice-prefeito seria assessor especial da Prefeitura, mas nega convite por motivos profissionais

Bruno Coelho
Do Diário do Grande ABC
10/08/2013 | 07:00
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Orlando Filho/30.06.2012/DGABC


O ex-vice-prefeito de Mauá Márcio Chaves (PT) rejeitou oficialmente convite do prefeito Donisete Braga (PT) para trabalhar como assessor especial do Paço. É a segunda vez que o petista nega trabalho no governo mauaense porque, na gestão de Oswaldo Dias (PT, 2009 a 2012), ele recebera solicitação para dirigir a Arsae (Agência Reguladora de Serviços de Água e Esgoto).

Márcio alegou motivos profissionais para não atender ao chamado do ex-pupilo político. Ex-vice nas duas primeiras passagens de Oswaldo na Prefeitura, entre 1997 e 2004, ele preferiu acompanhar de perto sua empresa de consultoria de projetos de políticas públicas nas áreas de Saneamento e planejamento urbano aberta desde 2008.

“Havia expectativa nesse sentido (de aceitar vaga de assessor especial no governo mauaense), mas não consegui me desvencilhar dos compromissos profissionais que havia assumido”, justificou.

O petista teria função destacada na gestão do ex-afilhado político, exercendo papel de “embaixador de Mauá em Brasília”, conforme anunciado por Donisete. Na função, ele seria ponte para negociar recursos do Palácio do Planalto ao município e buscar solução à dívida da canalização dos córregos Corumbé e Bocaina e do Rio Tamanduateí com a Caixa Econômica Federal e Secretaria do Tesouro Nacional.

Em fevereiro, depois de receber o convite de Donisete, ele alegou o adiamento na resposta porque ainda dialogava com o chefe do Executivo a forma de atuação na Prefeitura. A princípio, ele seria assessor especial da Secretaria de Relações Institucionais – Pasta criada em março –, encabeçada por Rômulo Fernandes, com salário mensal de R$ 5.300. A função segue vaga.

Sem a presença de Márcio, Donisete assumiu a dianteira nas demandas de Mauá com o governo federal, viajando frequentemente a Brasília.

REPETIÇÃO

Foi a segunda vez que Márcio recusou posto de confiança no governo petista. O ex-vice-prefeito foi anunciado por Oswaldo, em março de 2011, como superintendente da Arsae e ele receberia remuneração de R$ 7.430,44.

Após dois meses de espera, Oswaldo sequer sabia do paradeiro de Márcio, criando clima de constrangimento no Paço. Depois de muito suspense, o petista disse ‘não’ ao convite.

Márcio está fora da Prefeitura desde 2004. Na eleição municipal daquele ano, ele se candidatou a prefeito e venceu no primeiro turno diante de Leonel Damo (à época no PV), mas sua candidatura foi barrada três dias antes do segundo turno por conta da polêmica exposição Túnel do Tempo, que enaltecia feitos nas duas primeiras gestões de Oswaldo.




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