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Sexta-Feira, 19 de Abril de 2024

Ensino Básico de qualidade
Por Do Diário do Grande ABC
19/10/2018 | 15:20
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Artigo

É comum a indústria receber entre os candidatos a operadores para o estágio inicial da categoria pessoas que possuem Ensino Médio completo, mas que demonstram ter dificuldades para ler, escrever e entender textos, assim como realizar as quatro operações básicas da matemática. Diante desse cenário, a empresa logicamente precisa complementar o conhecimento básico antes de oferecer qualificação técnica ao recém-contratado. Afinal, como ensinar controle e estatística de processo, que exigem o domínio de algumas contas, para pessoa que precisa operar maquinário de R$ 2 milhões, se ela não sabe somar, subtrair, dividir e multiplicar?

Assim, em vez de investir em eficiência de produção, por exemplo, com a modernização de seu parque de máquinas, a empresa retira parcela disso para proporcionar conhecimentos básicos de matemática e língua portuguesa, com o objetivo de preparar minimamente aquele profissional que irá trabalhar na indústria, o que reflete no aumento do custo de mão de obra. Significa ir ao sentido oposto: ter despesa onde deveria haver investimento.

Assim como no passado o Brasil já desenvolveu iniciativas voltadas para os ensinos Técnico e Superior, que foram muito importantes, o País precisa investir no Ensino Básico, do Fundamental ao Médio, para realmente oferecer base de ensino que habilite os jovens a progredirem para a educação mais avançada. Esta é também uma condição para se desenvolver a qualidade na indústria.

Países desenvolvidos, como a Alemanha e o Japão, ensinam noções de estatística para os estudantes mais novos porque possuem escolas bem estruturadas em diversos aspectos, como formação do professor, infraestrutura de instalações e até alimentação. É fundamental oferecer cedo a oportunidade de conhecer as diversas disciplinas e seus desdobramentos, porque as crianças despertam o interesse pelas áreas humanas, exatas ou biológicas até os 10 anos de idade.

Seria interessante o Brasil se inspirar na história da Coreia do Sul, que iniciou revolução educacional nos anos 1960, com prioridade de investimentos no Ensino Básico, e obteve excelentes resultados, deixando para trás aquela nação com baixos índices de desenvolvimento social ao fim da década de 1950. Certamente, os resultados não são imediatos, mas o primeiro passo precisa ser dado para que os efeitos apareçam daqui a 30 ou 40 anos na direção do aumento de produtividade, qualidade e eficiência do Brasil. Mas isso somente será realidade se houver melhor capacitação da matéria-prima humana, que suporte a indústria nacional a acompanhar a velocidade do desenvolvimento de outras economias.

Flávio Nascimento Mateus é engenheiro e diretor do IQA (Instituto da Qualidade Automotiva).

Palavra do leitor

Abandonada
Prefeito Paulo Serra, de Santo André, e secretários, mais uma vez alerto e peço ação da Prefeitura junto à Metra para melhorar as más condições em que se encontra o terminal de ônibus em frente à estação da CPTM, abandonado e sujo. Mendigos dormem nos bancos do local, bêbados mexem com as pessoas e, do lado externo, há invasão de camelôs, que vendem até alimentos, sem fiscalização. Eles também impedem a circulação dos pedestres, porque cada dia tem mais. Uma bagunça! Além disso, destruíram todo o jardim em volta do terminal para fazer de dormitório. Seria ideal se nosso prefeito falasse com a Metra para ajudar nesse problema. Também precisa lavar as ruas, que estão muito sujas, além de mudar a Casa Amarela de local, porque vem muita gente de outras cidades.
Maurício Goduto
Santo André

É nauseante
É difícil e nauseante para nós, brasileiros politizados, tolerarmos a pretensão dos corruptos, demagogos e incompetentes de retornarem ao Poder Executivo federal por meio de candidato de ‘proveta’, indicado pelo chefão da quadrilha, ora encarcerado, que ‘assaltou’ o Brasil por mais de 13 anos e deixou mais de 13 milhões de desempregados e uma tragédia econômica, que nos segue até hoje. Essa quadrilha se esconde atrás de sigla vermelha há mais de 30 anos, sob o pretexto de simbolizar o socialismo, que não deu certo ao longo dos séculos. No Brasil da era petista, a cada dia despontava escândalo de corrupção com a complacência da quadrilha de corruptos disfarçada de socialista no intuito de enganar o eleitorado ingênuo. O genial Roberto Campos, que, ao lado de Rui Barbosa, é o mais inteligente e culto político brasileiro de todos os tempos, expendeu a seguinte frase: “No meu dicionário, socialista é o cara que alardeia intenções e dispensa resultado, adora ser generoso com dinheiro dos outros e prega igualdade social, mas sem trabalhar se considera mais igual que os outros”.
Francisco Emídio Carneiro
São Bernardo

Guaiamu
O parque Guaiamu, em São Caetano, passou por reforma recentemente, melhorando bastante seu aspecto geral, no qual foram consertados brinquedos, aparelhos de ginástica, além de outras melhorias. Porém, parece que esqueceram de cuidar da principal quadra de esportes, a coberta, que continua com problemas há tempos. A cobertura, ainda original, de aproximadamente 20 anos de uso, precisa de boa reforma e urgente. O piso encontra-se irregular e esburacado, as linhas demarcatórias praticamente inexistem e, o pior, quando chove há muita infiltração de água e goteiras por todos os lados, podendo ocasionar lesões aos frequentadores. Vale lembrar que o pessoal da terceira idade usa o espaço para prática de esportes adaptados, podendo ocasionar quedas e todo tipo de lesão aos usuários. Responsável pelas obras em São Caetano, vamos dar uma olhada com carinho para esse pedido dos frequentadores do parque?
Mauri Fontes
Santo André

Resposta
Em resposta à carta da leitora Ana Paula Reis publicada neste Diário (Lixo, dia 17), o Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) informa que efetuou vistoria no local das lixeiras instaladas na Rua Marina (próximo ao supermercado mencionado na carta) e que realizou a higienização das duas papeleiras da área.
Semasa

Rodovias
O transporte rodoviário é responsável por 61% da movimentação de mercadorias e 95% dos passageiros pelo País! E pesquisa divulgada pela CNT (Confederação Nacional do Transporte) que avaliou 107 mil quilômetros de rodovias, constata que, dos 61,8% de trechos de estradas que tiveram no ano passado classificação regular, ruim ou péssima, em 2018 esse índice caiu para 57%. Porém, é triste dizer que no País ainda temos 1,3 milhão de quilômetros de estradas sem pavimentação. O destaque é que os quase 20 mil quilômetros de rodovias concedidas à iniciativa privada o padrão é bem superior à média nacional. Em 2018, 81,9% dos trechos foram classificados como ótimos ou bons! Dos melhores avaliados, 78% estão concentrados nas rodovias do Estado de São Paulo. E a CNT estima que, com R$ 48 bilhões, seria possível reconstruir, restaurar e readequar as estradas mal avaliadas.
Paulo Panossian
São Carlos (SP) 




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