Arcoverde participou nesta terça, 1, de sessão da comissão extraordinária da Assembleia Legislativa de Minas Gerais em Belo Horizonte para discutir a queda da represa da mineradora. O tempo foi previsto com base em obras que precisariam ser feitas no complexo depois do desastre ambiental.
Apesar dos cálculos, o diretor do DNPM afirmou que, até o momento, a empresa não se movimentou no sentido de iniciar um processo de retorno da produção em Mariana. Segundo o relator da comissão extraordinária, deputado Rogério Correia (PT), existem dúvidas sobre se a Samarco teria interesse em voltar a operar em Mariana. Até as 17 horas, a empresa não havia retornado contato feito pela reportagem sobre a sessão da comissão extraordinária da Assembleia.
Segundo Arcoverde, para a retomada da unidade é preciso outra estrutura de engenharia. "A barragem de Fundão desceu. Vai demorar muito tempo. Em Itabirito, onde houve acidente dessa natureza em menor escala, a unidade está parada até hoje", afirmou o diretor, se referindo à queda de represa de rejeitos de minério de ferro da empresa Herculano, há aproximadamente um ano e dois meses. Em Itabirito, que fica a 55 quilômetros de Belo Horizonte, morreram três operários da mineradora.
Contrato
Ainda conforme Arcoverde, toda a estrutura da Samarco em Mariana, e também a mina de Alegria, da Vale, uma das donas da Samarco, serão vistoriadas nos próximos dias. De acordo com o diretor, o tubo que leva minério de ferro de Alegria para Fundão, conforme acordo entre as duas empresas, já foi identificado. Segundo Rogério Correia, a comissão agora quer saber se o material enviado pela Vale correspondia realmente aos 5% da capacidade de Fundão conforme informado pela Samarco. "Quem garante que não era muito mais que isso?", questionou.
Segundo Arcoverde, nos arquivos do DNPM não constam informações sobre a utilização, pela Vale, da mina de rejeitos de minério de ferro da Samarco.
O subsecretário de Controle e Fiscalização da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Geraldo Abreu, disse que o retorno das atividades em Mariana poderia ocorrer caso a Samarco tocasse a construção da barragem de Mirandinha, prevista para a região. No entanto, depois do acidente no município, a tendência é que esse tipo de empreendimento tenha o formato rediscutido no Estado.
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