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Gangue das motos apavora alunos no Parque Capuava

Casos de roubos à noite em porta de escola estadual começaram há pelo menos 15 dias

Por Rafael Ribeiro
Do Diário do Grande ABC
04/10/2013 | 07:00
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Há pelo menos 15 dias o horário da saída passou a ser o mais temido para os 500 alunos do período noturno da EE Beneraldo de Toledo Piza, no Parque Capuava, em Santo André. O motivo é uma gangue de motoqueiros jovens que vem roubando e, em alguns casos, agredindo os estudantes no momento em que eles voltam para suas casas.

A Polícia Civil de Santo André registrou pelo menos dez ocorrências no local nas últimas duas semanas. Mas boa parte das vítimas não fez o registro das ocorrências nas delegacias da cidade. A estimativa dos próprios alunos é de que cerca de 20 adolescentes tiveram celulares e outros pertences levados.

O relato das vítimas e testemunhas é idêntico. Armada, a quadrilha age sempre com seis criminosos, divididos em três motos. Eles escolhem o alvo a distância, tão logo deixe o portão da escola, na Rua Mississipi, de iluminação fraca e estritamente residencial. Em seguida, cerca-o com os veículos.

“Só da minha sala foram cinco (vítimas). Está demais. O jeito que fazemos para nos proteger é caminhar todo mundo junto e só quando chegamos perto de casa é que corremos”, disse Fabio Gaviolli, 15 anos.

A manicure Indiana Vitorino dos Santos, 17, escolheu outra tática. “Meus pais vão me buscar. Só assim para me sentir segura”, completou.

Antes acuados, alunos, familiares e funcionários resolveram reagir. Na quarta-feira à noite promoveram uma manifestação pacífica pedindo aumento do policiamento. E hoje irão ao Paço exigir melhoras na iluminação da rua e aumento da presença da GCM (Guarda Civil Municipal) pelo local.

O resultado veio antes do esperado. Segundo o coronel Mauro Cezar dos Santos Ricciarelli, comandante da PM (Polícia Militar) no Grande ABC, a corporação aumentará nos próximos dias o efetivo de patrulhamento nos arredores da escola após conversar com alunos durante a manifestação.

Mauro, no entanto, ressalta que a PM não foi comunicada pela direção do local sobre o problema, assim como a decisão da maioria dos alunos em não registrar ocorrência também não alertou as autoridades para os crimes.

“Trabalhamos com policiamento inteligente, em cima do que nos mostram as ocorrências. Por isso é importante comunicar qualquer crime ocorrido”, disse.




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