Economia Titulo Empresas
Escritório compartilhado
ganha espaço na região

Conhecida como coworking, a opção traz custos
flexíveis e troca de experiência entre profissionais

Por Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
26/08/2013 | 07:05
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Orlando Filho/DGABC


Empreendedores que estão iniciando no mercado e não estão em condições de (ou não querem) arcar sozinhos com o aluguel mensal de um escritório têm, cada vez mais, a possibilidade de recorrer à locação de espaços que oferecem custos flexíveis e ainda a oportunidade de intercâmbio de experiências com pessoas de outras áreas. É o que oferece o coworking, conceito que vem ganhando corpo no Grande ABC.

Sistema que surgiu nos Estados Unidos na década passada, consiste em um lugar em que vários profissionais podem compartilhar o espaço e pagar para utilizar o local por algumas horas por dia, com contrato que pode ser diário, semanal ou mensal.

Essa foi a aposta da empresária Cristiane Gassmann Calixto, que abriu o Plug Office, dentro desse formato, há pouco mais de um mês em São Bernardo. De família que atua no ramo imobiliário há 44 anos com prédio próprio no bairro Rudge Ramos, ela, com o apoio do pai, decidiu montar estrutura em um dos andares do imóvel, para aproveitar o potencial desse mercado. Houve readequação de mobiliário, com a colocação de mesas, computadores, TVs e sofás.

Ela vê boas perspectivas, sobretudo de atrair profissionais mais jovens, de áreas como design, publicidade e fotografia. O escritório conta com internet de alta velocidade, impressora, sala de reunião, telefone para recados e espaço de convivência, com direito a café, água e bolacha à vontade. Os preços variam bastante, para se ajustarem a demandas flexíveis: de dez horas de utilização ao custo de R$ 100, até 432 horas (equivalente ao uso por 30 dias por quatro pessoas, das quais duas simultaneamente), por R$ 1.350. “Os planos mais avançados incluem ainda a utilização de endereço no cartão de visita e correspondência”, afirma.

A aposta de Cristiane já é realidade para Kátia Angelini, sócia do Idekos, localizado no Jardim Bela Vista, em Santo André, e que foi inaugurado há nove meses. A empresária cita que tem havido boa procura embora o espaço ainda comporte mais gente. Hoje, a clientela mensal gira em 15 profissionais compartilhando as instalações. “Comporta 25”, diz. Ela diz que muitos dos locatários trabalham parte do tempo em casa e recorrem ao local, por exemplo, para reuniões. “Já tivemos também a utilização por empresas que passaram por reformas”. O período integral custa R$ 690 por mês por profissional; meio período sai por R$ 390.


TECNOLOGIA

O microempresário Evandro Barros é adepto do conceito do coworking. Ele tem utilizado desde início deste ano o Idekos, em Santo André. “É um lugar agradável, que tem internet rápida e sala de reuniões para atender os clientes e não preciso gastar com mobília”, diz ele, que é de um ramo que predomina nesse mercado: a área de TI (tecnologia de informação).

Pesquisa feita pela revista especializada Deskmag mostra que a maior parte dos profissionais que utilizam esse espaço é de TI, entre os quais desenvolvedores e programadores (34%) e web designers (12%). No caso de Barros, sua empresa, a TecMobile, é dedicada à locação de tablets.

Ele conta que antes trabalhava só em casa, mas com a ascensão dos negócios, viu a necessidade de ter um ambiente mais profissional. Hoje, tem cerca de 60 equipamentos para locação, que são demandados, por exemplo, por empresas de pesquisa de mercado. “O pesquisador pode ir clicando as respostas e o cliente (a companhia que contratou o estudo) pode ter o resultado on-line”. assinala.

A experiência no coworking tem sido gratificante, relata Barros. “Conheci pessoas que desenvolvem aplicativos mobiles (para tablets e smartphones), que podem resultar em parcerias futuras”. LF
 




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