Setecidades Titulo Saúde
Região tem 5 vítimas
fatais da gripe suína

Outros 19 casos foram confirmados no Grande ABC só em 2013; S.Bernardo teve mais ocorrências: 3 mortes e 11 casos

Thaís Moraes
do Diário do Grande ABC
04/05/2013 | 07:00
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A gripe causada pelo vírus Influenza A (H1N1) voltou a assombrar a região. Desde janeiro, cinco pessoas já morreram em decorrência da doença. Outros 19 casos foram confirmados, mas não evoluíram a óbito.

São Bernardo é a cidade com maior número de ocorrências. Foram três mortes e 11 casos de pacientes que passaram por tratamento. Santo André registrou um óbito e mais seis confirmações da doença, além de 19 em espera de resultado. São Caetano também teve vítima fatal do vírus, mas não revelou detalhes da situação na cidade.

Já Mauá registrou duas ocorrências confirmadas. Diadema disse que até o momento não teve nenhuma ocorrência suspeita. E Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra não informaram.

No ano passado, até julho, único caso havia sido confirmado na região, na Santa Casa de Mauá. Na época, o paciente foi medicado e recebeu alta. Em São Bernardo, foram três ocorrências no segundo semestre de 2012, sendo dois deles fatais.

Em 2009, o Grande ABC, assim como todo o País, viveu epidemia de gripe suína, quando cerca de 700 pessoas foram diagnosticadas com Influenza A, sendo 50 mortes. Já em 2010, esse número despencou e a região teve apenas um óbito, em São Bernardo.

O secretário de Saúde de Santo André, Homero Nepomuceno Duarte, ressaltou que não há motivo para desesperar. "Na maioria das vezes a gripe causada pelo H1N1 é tratada como outra qualquer. A atenção só deve ser redobrada em pacientes que integram os grupos de risco. Por isso, a campanha de vacinação é tão importante, porque imuniza também contra esse tipo da doença", esclarece o também médico infectologista (leia mais na reportagem abaixo).

O secretário descartou chance de epidemia. "O número de casos está dentro do limite previsto, pois esta época do ano é propícia para o surgimento da doença. Estamos prontos para atender a todos quanto à medicação", observa.

MEDIDAS

Segundo a Prefeitura de São Bernardo, as pessoas que entraram em óbito tinham outras doenças associadas e não haviam se vacinado. Ainda segundo a administração, entre os confirmados há casos de gestantes, grupo que menos aderiu à campanha de vacinação contra gripe.

O município informou ainda que quando um paciente é suspeito ou confirmado com o vírus da Influenza A, familiares e pessoas próximas recebem medicação, que pode ser retirada gratuitamente nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e são orientadas a tomar vacina.

Em São Caetano, segundo a Prefeitura, a vítima da doença foi uma professora da EMI (Escola Municipal Infantil) Matheus Constantino, que morreu na semana passada depois de ficar internada no Hospital Beneficência Portuguesa.

Vacinação previne contra o Influenza A 

A época do ano e o número de casos de pessoas infectadas pelo vírus Influenza A (H1N1) chamam atenção para cuidados que devem ser tomados para prevenir a transmissão da doença. O principal deles, segundo a professora de Microbiologia e Imunologia da Faculdade de Medicina do ABC, Katya Cristina Rocha, é a adesão das pessoas à Campanha Nacional da Vacinação contra a Gripe, que imuniza contra este e outros dois tipos da doença e foi prorrogada até o dia 10.

Outra dica da especialista é evitar locais com alto número de pessoas concentradas, o que facilita a transmissão do vírus, além de manter o hábito de higienizar as mãos constantemente. "A gente aconselha também o uso do álcool em gel, que diminui a infectividade."

Os sintomas decorrentes da infecção pelo vírus Influenza A (H1N1) são semelhantes aos de uma gripe comum, com agravo das fortes dores no corpo e cabeça e febre na casa dos 39 graus. "O adequado é procurar o serviço de Saúde se a gripe não melhorar em dois dias", aconselha Katya.

VACINA

Até a terça-feira, cerca de 230 mil pessoas haviam sido vacinadas no Grande ABC. A meta no Grande ABC é alcançar 555 mil habitantes.

A vacina é destinada a idosos com mais de 60 anos, crianças de 6 meses a 2 anos, gestantes, mulheres que tiveram filhos há até 45 dias, profissionais de Saúde e portadores de doenças crônicas do pulmão, coração, fígado e rim, além de diabéticos, imunodeficientes e transplantados. (Natália Fernandjes)




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