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Deputados da região apontam fragilidade do governo Temer

Para Alex, presidente da Câmara ganha força; na visão de Vicentinho população está indignada com peemedebista

Por Humberto Domiciano
Do Diário do Grande ABC
19/11/2017 | 07:00
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Montagem/DGABC


 Após o impedimento do andamento da segunda denúncia contra o presidente da República, Michel Temer (PMDB), em 25 de outubro, os dois deputados federais da região, Alex Manente (PPS) e Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho (PT), acreditam que o governo do peemedebista ficou mais frágil. Os dois foram a favor do prosseguimento da investigação contra o peemedebista.

Na visão de Alex, a dependência da articulação do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) , tende a ser maior nos próximos meses. “O Rodrigo Maia é uma liderança que se consolida e naturalmente com o governo não conseguindo ter a metade dos deputados, dependerá mais do presidente (Maia). Creio que dificilmente qualquer tipo de reforma seja viável neste momento, mesmo porque a condução de todo o processo passará pelo Maia”, constatou o popular-socialista.

Vicentinho, por sua vez, defendeu a ideia de que novas suspeitas poderão surgir contra o presidente Temer. “Teremos mais denúncias e a situação tende a ficar cada vez mais difícil. Por questões éticas vamos seguir batendo firme e não é só porque passou incólume que deixaremos de fazer nosso papel. Precisamos impedir maldades maiores”, analisou o petista.

Os dois já haviam sido favoráveis ao prosseguimento da primeira denúncia contra Temer, barrada pela Câmara em agosto.

A segunda acusação contra o presidente da República se baseou na gravação de conversa entre Temer e o empresário Joesley Batista, do grupo J&F, na noite do dia 7 de março, no Palácio do Jaburu. No encontro, o executivo relata a Temer ter cometido diversos crimes, como subornar um procurador da República e comprar o silêncio de Lucio Funaro, tido como operador do PMDB no esquema, e do ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

A redução no número de votos favoráveis entre uma sessão e outra – de 263 na primeira para 251 na segunda – deve ser alvo de preocupação para o governo, como definiu Alex. “O projetos que necessitarem de maioria simples tendem a ter condições mais favoráveis. Mas aqueles de dependem de maioria absoluta devem reservar mais dificuldades”, pontuou.

Para Vicentinho, apesar das duas rejeições, ainda há um clima negativo por parte da população quanto ao governo Temer. “Embora o povo não tenha ido para a rua, as pessoas estão indignadas e não acreditam mais em nada”, prosseguiu.

O petista destacou ainda que a oposição deve apoiar projeto de lei de iniciativa popular da CUT (Central Única dos Trabalhadores) que visa anular a reforma trabalhista, sancionada em julho e que passou a vigorar no dia 11. “Além disso, o ex-presidente Lula também está na rua e ainda temos a expectativa que o povo reaja o quanto antes”, completou.




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