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Palavra do leitor 
A primeira vez que tive consciência do que era banho de água fria foi na vida profissional, no Jornal da Tarde, idos dos anos 1980. À época houve uma chacina, e sete jovens foram achados mortos à beira de uma represa no Grande ABC. Um deles era um temido menor, de quem alguns ainda devem se lembrar, Wilsinho Galileia, que vinha de estirpe de bandidos. Os Galileia eram conhecidos e atuavam na região de Diadema. Entre os mortos, todos menores, a namorada dele, grávida, da qual infelizmente hoje não me recordo mais o nome; pouco mais do que 15 anos.
Foi trabalho árduo de um dia inteiro conseguir detalhes importantes, alguns dramáticos, outros muito emocionantes sobre a vida da menina. Seria grande matéria: abri a mala que ela havia deixado no abrigo, o que equivalia ali a conhecer todos os seus bens. O colega Fausto Macedo, por outro lado, levantava o perfil do mirrado e violento Galileia.
Passava das dez da noite e batucava entusiasmada a máquina de escrever quando veio uma ordem de cima: a matéria não seria publicada. “Aqui não queremos o mundo cão”, era o recado seco que – lembro como se fosse hoje – me encharcou e nos deixou, eu e Fausto, arrasados. As histórias nunca foram publicadas. Eu nunca perdi esse sentimento do banho de água fria.
Garanto que não foram poucos, de todas as águas doces e salgadas da vida, os que já tomei. Não achei maneira melhor de descrever o sentimento nacional que percebi essa semana com a tomada de algumas decisões do Poder Judiciário. Veio o banho de água fria. Temos tomado juntos muitos banhos bem frios. Quando a gente acha que uma coisa vai, ela nem vem, quanto mais reformada.
Agora deu outra moda, a dos mesmos de sempre mudarem – certamente por vergonha – os nomes de seus partidos, jurando que fazem isso pelo nosso bem com um blá-blá-blá de fazer bicho-preguiça querer correr. Notou? Livres, mudamos, avante, podemos. Se fizer DNA vai dar consanguinidade.
Mas nem tudo é ruim: algumas das qualidades que encontrei e alardeiam sobre o tal banho de água fria na real. Melhora a irrigação sanguínea. Alivia as tensões dos músculos. Aumenta o brilho do cabelo. Previne a calvície e elimina a caspa. Serve para combater a depressão e ativa as funções cerebrais. Ajuda a despertar e pôr o organismo em alerta. Ameniza varizes. É afrodisíaco; em homens aumentaria a testosterona. Finalmente, e a minha preferida: eleva a autoestima, com benefícios mentais e emocionais. Por quê? Seria o sentimento de vitória por ter conseguido tomar o tal banho de água gelada.
Como dizia minha mãe: ‘Tá com frio? Bate com o traseiro no rio!’
Marli Gonçalves é jornalista.
Palavra do leitor
Diário, 59 anos – 1
O Consórcio Intermunicipal do Grande ABC parabeniza este Diário pelo seu 59º aniversário de fundação, com votos de prosperidade e continuidade do serviço de comunicação prestado à população da nossa região. A defesa da regionalidade e do desenvolvimento econômico e social, realizada de forma recorrente pelo jornal, é princípio compartilhado pelo Consórcio, em benefício aos 2,7 milhões de habitantes do Grande ABC. Imprensa livre e plural é fundamental para uma sociedade democrática.
Fabio Palacio, secretário executivo do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC
Diário, 59 anos – 2
Gostaria de parabenizar este Diário pelos seus 59 anos de existência, trazendo as informações do Grande ABC, assim como do Brasil e do mundo. Esperamos que nos proporcione sempre espaço para nossas opiniões sobre vários assuntos, por meio desta Palavra do Leitor. Que possamos estar juntos por muitos e muitos anos e ver País melhor. Parabéns!
Sérgio Antônio Ambrósio
Mauá
Diário, 59 anos – 3
O Casa (Clube Amigos de Santo André), por meio de seus integrantes, vem parabenizar os 59 anos deste Diário, que ao longo destes anos vem prestando informações e serviços, em especial ao povo andreense.
Vera Lúcia, Clube Amigos de Santo André
Diário, 59 anos – 4
No transcorrer de mais um aniversário de fundação, parabenizo todas as equipes de jornalismo e administração deste Diário, pela competência, profissionalismo e dedicação em suas edições durante os 59 anos de existência, sendo considerado o maior e mais importante veículo de notícias do Grande ABC. Cordiais Saudações.
Rafael Rabinovici, Presidente da comissão de trânsito e Mobilidade Urbana da 39ª Subsecção da OAB-SBC
Lula x Moro
Em relação ao depoimento do inominável ao juiz Sérgio Moro, em Curitiba (Política, ontem), senti-me enojado com a já conhecida ignorância dos fatos por parte dele. Ao ser questionado sobre o triplex do Guarujá, disse ter ido lá apenas uma vez, colocando inúmeros defeitos no imóvel e, por fim, colocando a ‘culpa’ na mulher, já morta. Não respeita nem a memória da ex-primeira-dama, atribuindo a ela toda a culpa. Sugiro ao juiz Sérgio Moro que faça acareação entre Lula e Leo Pinheiro. Aí veremos realmente ‘a onça beber água’.
José Roberto Tonetti
São Caetano
Triste constatação
A verdade é uma só, a Cracolândia não tem solução. Nem a curto nem longo prazo. Infelizmente!
José Marques
Capital
Sono nada tranquilo
Moradores da Vila Príncipe de Gales que residem no entorno da Fundação Santo André já não sabem mais a quem recorrer em relação ao barulho insuportável da bateria dos alunos, que realizam ensaios após aulas do período noturno – especialmente às sextas-feiras –, com início a partir das 23h, avançando pela madrugada. Desde 2016 realizamos contatos por e-mail junto à reitora Leila Modanez e nada é feito. Nos dias de ensaio muitos moradores acionam a Polícia Militar pelo 190, seguindo orientação da Operação Sono Tranquilo, mas nada acontece. Nas redes sociais enviamos vídeos para a Prefeitura e até mesmo para o prefeito e nenhum retorno foi dado. A situação é desesperadora, principalmente nos edifícios mais próximos, já que o som chega ainda mais forte nos andares mais altos. Experiência desagradável. Solicitamos providências aos agentes públicos responsáveis.
Valter Bittencourt
Santo André
Campeão planejador
Sou palmeirense, mas dou o braço a torcer. O Sport Club Corinthians Paulista foi campeão estadual com méritos neste ano. Foi vitória do planejamento, muito acima do nível técnico, raça e sorte. Sim, planejamento, pois, vejamos. No ano passado ficou abaixo dos times classificados à Copa Libertadores da América (Ou seja, nona força do futebol nacional) e neste ano saiu da Copa do Brasil antes das oitavas de final. Tudo isso para priorizar o Campeonato Paulista! Que planejamento maravilhoso! Nem o Paulistano, que já extinguiu seu departamento profissional de futebol há décadas, conseguiria tal feito, mesmo com seus 15 títulos paulistas. Parabéns, Timão. Parabéns Fiel.
Francisco José de Souza Ribeiro
São Caetano
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