Nove dias após o fim da greve dos Correios, que se estendeu por 13 dias e foi encerrada em 8 de maio, os usuários dos Correios continuam tendo problemas com o serviço. Ontem, o CEE (Centro de Entrega e Encomenda) do bairro Nova Petrópolis, em São Bernardo, não estava funcionando em sua totalidade.

“Minha mulher recebeu uma carta para retirar as coisas que comprei para a festa do meu filho mas, quando cheguei lá, me avisaram que não seria possível”, conta o metalúrgico Marcos Roberto Menezes, 33 anos. Segundo informações que recebeu no local por um segurança, a unidade só iria liberar medicamentos e fazer entregas na Vila São Pedro. A festa do filho será celebrada no sábado. “Isso é um absurdo. Não sei o que fazer.”

Questionado a respeito da situação da centro de distribuição, o secretário-geral do sindicato dos trabalhadores que atende o Grande ABC, Ricardo Adriani, ressaltou “que essas reclamações podem ter relação com a greve” e que o “setor responsável pela unidade deve ser contatado”. Até o fechamento desta edição, a estatal não havia se manifestado a respeito da situação. Nem passado orientação àqueles que dependem do serviço.

GREVE - Os trabalhadores do setor ficaram 13 dias paralisados em razão de imposições da companhia, como a suspensão de férias por 12 meses, a entrega de correspondências por dias alternados e o fechamento de agências. A proposta aceita pelas centrais sindicais tinha cinco itens, dos quais dois foram rechaçados pela categoria: a reabertura do PDI (Programa de Demissão Incentivada) e a revogação da suspensão das férias pelos próximos 60 dias.