Um dos casos diz respeito à acusação de que o então senador Aécio Neves recebeu em 2014 valores indevidos pelo grupo Odebrecht para a sua campanha eleitoral. De acordo com delatores, os pagamentos teriam sido feitos de forma dissimulada por meio de contratos fictícios firmados com a empresa PVR Propaganda e Marketing Ltda.
"O prazo inicial concedido de 30 dias para conclusão da investigação mostrou-se insuficiente para apuração adequada dos fatos, razão pela qual a autoridade policial requereu a sua prorrogação. O pedido da autoridade policial merece acolhida, haja vista existirem diversas medidas investigatórias ainda pendentes", escreveu o procurador-geral da República.
No outro inquérito, Aécio é investigado por ter solicitado, segundo delatores, o pagamento de vantagens indevidas para a campanha eleitoral de Antônio Anastasia (PSDB-MG) ao governo de Minas Gerais em 2010. Delatores revelaram que, a pedido de Aécio, pagaram R$ 5,4 milhões em "vantagens indevidas" para a campanha de Anastasia. Aécio nega as acusações.
Em ambos os casos, o procurador-geral não vislumbrou conexão nos fatos narrados pelos delatores da Odebrecht com a Operação Lava Jato e solicitou a redistribuição dos inquéritos, que atualmente estão sob a relatoria do ministro Edson Fachin.
Janot ressaltou, no entanto, que os dois inquéritos em questão devem ficar com o mesmo relator.
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