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Sexta-Feira, 19 de Abril de 2024

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Nasce a Escola Professor Benedito Gomes de Araujo

Na construção desta história, Silvia Valente ouviu ex-alunos, como Iracema de Faria, e ex-professoras, como Eni da Silva Ferreira. As duas participaram da festa dos 85 anos da escola, há uma semana

Por Ademir Medici
Do Diário do Grande ABC
07/12/2019 | 07:00
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Tributo a um educador

Texto: Silvia Valente

O professor Benedito Gomes de Araujo formou-se em magistério e especializou-se em alfabetização, sendo autodidata em várias disciplinas. Teve presença fundamental na construção da primeira grande escola de Vila Pires.

A obra foi iniciada em 1943, em terreno localizado na Rua Caravelas, esquina com a Avenida Dom Pedro I. Durante a construção, professor Benedito sofreu um AVC. Recuperou-se. Voltou a lecionar na antiga ‘Sedinha’, mas faleceu em 14 de outubro daquele ano, seis meses antes da inauguração da nova escola.

Com toda a justiça, o nome do professor Benedito foi dado à escola, inaugurada em 1944. Com o tempo, o estabelecimento recebeu o apelido carinhoso de ‘Ditão’. A escola se inventa e reinventa para lançar ao mundo professores, metalúrgicos, médicos, advogados, empresários, pais e mães de famílias.

No início, com 13 salas de aula, era considerada uma escola pequena. Não tinha biblioteca nem área de esportes. Durante significativo período manteve um consultório odontológico, para muitos a única alternativa para cuidar da saúde.

Hoje a EE Professor Benedito Gomes de Araujo tem uma pontuação nota máxima na avaliação de sua qualidade como centro de ensino. Longas filas de pais são formadas, aguardando a chance para que os filhos tenham a oportunidade de ali receber os ensinamentos.

UM NOME

Iracema de Faria. Nascida em 7 de abril de 1942. Formou-se em 1954 nesta escola, onde também estudaram e se formaram filhos e netos, e onde hoje estudam os bisnetos.

A poesia que vem do sertão

Texto: Milton Parron

Entre as décadas de 1940 e 1960, o Brasil acordava com o rádio e o rádio naqueles tempos, literalmente, despejava o sertão na casa de cada brasileiro logo cedinho e também no entardecer. Foi a época em que a chamada música raiz imperou no gosto das pessoas, graças ao rádio. 

Na chamada fase de ouro do rádio, a programação carnavalesca começava três meses antes do Carnaval. Por essa razão perduram até hoje na memória, mesmo dos mais jovens que aprenderam com os avós, as letras e melodias de Periquitinho Verde, Allah La Ô, As Pastorinhas, Touradas em Madrid etc. 

Anteriormente, nos anos 1920, as pessoas tinham um gosto apurado pela música clássica, e isso também se deveu ao rádio, cuja programação abria grandes espaços para as interpretações de Caruso, Tita Ruffo, Gino Bechi, Beniamino Gigli e muitos outros. Assim também aconteceu com a moda sertaneja durante uns 30 anos nas décadas referidas. 

Duplas e trios estão eternizados na lembrança. Seus discos eram executados à exaustão no rádio: Torres, Florêncio e Rieli Filho; Palmeira, Luizinho e Zezinha, Tonico e Tinoco; Vieira e Vieirinha, Brinquinho e Brioso, Irmãs Castro, Irmãs Galvão – e a relação é imensa. 

Na área de composição, só para citar alguns, Arlindo Silva, Teddy Vieira, João Pacífico e o magnífico Anacleto Rosas Júnior. Inacreditável como este último, nascido em Mogi das Cruzes, tendo vivido alguns anos em São Paulo e a maior parte da vida em Taubaté, incorporou em suas músicas expressões que somente os caboclos conheciam – expressões que ele tornou comuns por este Brasil afora. 

Neste e no próximo fim de semana, dois programas Memória reviverão a fantástica obra de Anacleto, incluindo trechos de um programa de rádio que durante 30 anos ele apresentou na Rádio Difusora de Taubaté, assim como entrevistas que ele deu em programas de TV.

Estivemos em Taubaté onde gravamos depoimentos de seus netos – os três filhos já são falecidos – de colegas que trabalharam com ele no rádio, pesquisadores e companheiros do mundo artístico, entre eles Renato Teixeira. 

Algumas de suas 500 músicas gravadas: Cortando Estradão; Burro Picasso; Os Três Boiadeiros; Mestiça; Filho de Mato Grosso; Rancho Vazio; Cavalo Preto, todas elas regravadas por dezenas de artistas. 

Pessoalmente acredito que haja um pouquinho de caipira no coração de todos nós, brasileiros, razão pela qual estou certo de que as pessoas vão se emocionar escutando os dois programas Memória tendo Anacleto Rosas Júnior, falecido em 1978, como tema principal.

Bandeirantes AM (840) e FM (90,9) – Memória. A obra de Anacleto Rosas Júnior. Produção e apresentação: Milton Parron. Hoje no final da noite, com reprise amanhã, às 5h. E na internet em bandeirantes.com.br – No ar.

Santos do Dia

Ambrósio (Bélgica, 339 – Itália, 397). Doutor da Igreja. Foi governador de Milão, bispo e arcebispo.

Santa Maria Josefa Rossello

Hoje

Dia Nacional do Cirurgião Plástico

Em 7 de dezembro de...

1919 – Conclui o curso de farmácia, em São Paulo, a senhorita Odila Queiroz Pedroso, natural de Santo André, filha de Sebastião Pedroso e neta de Antonio Queiroz dos Santos.

Diário há 30 anos

Quinta-feira, 7 de dezembro de 1989 – ano 32, edição 7242

Manchete – Engavetamento mata três na Rodovia dos Imigrantes




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