Vereador de São Caetano aponta problemas nos gastos, na primeira sessão do semestre
Principal assunto do início de mandato do prefeito de São Caetano, Paulo Pinheiro (PMDB), a dívida pública de R$ 264,5 milhões herdada da administração passada retornou ao centro do debate da Câmara na sessão de volta do recesso, ontem. Desta vez, o vereador Eder Xavier (PCdoB) utilizou aparatos tecnológicos para exibir um vídeo com informações sobre o passivo embasado em dados do TCE (Tribunal de Contas do Estado).
O comunista comparou o desempenho financeiro do ex-prefeito e atual secretário paulista de Esporte, Lazer e Juventude, José Auricchio Júnior (PTB), de 2011 e 2012. O parlamentar ressaltou que no primeiro ano citado o petebista deixou cerca de R$ 3 milhões negativos, com receita de R$ 956,9 milhões, e no período seguinte, com previsão de R$ 893,8 milhões, os restos a pagar foram os R$ 264,5 milhões. O ex-prefeito fala em R$ 120 milhões.
“Não era nada pessoal com o Auricchio. Fui ao TCE buscar esses dados, me sinto realizado com essa demonstração. Mas a administração dele ocultou dados. Será que não armou uma bomba em acordo com as empresas para o Paulo Pinheiro não conseguir agir? Como estava maravilhoso, tudo bem, em 2011, ele tinha 90% de aprovação e a prefeita não é a (ex-prefeiturável governista) Regina Maura (ex-PTB)?”, contestou.
De acordo com Eder, o petebista recebeu cinco avisos do TCE de que as contas do Paço não iam bem. No começo deste ano, o discurso do comunista era de que o passivo deveria ser discutido na Justiça, pois efetuar pagamentos seria concordar com as despesas “suspeitas” realizadas pelo ex-prefeito. “O governo já pagou entorno de R$ 100 milhões dessa dívida”, lamentou o parlamentar.
Além disso, Eder tentou emplacar uma CPI para apurar a diferença de versões sobre o débito, pelas divergências de dados divulgados pela antiga e atua administrações. A proposta se tornou uma comissão mista entre Executivo e Legislativo e evitou que os assuntos tratados fossem expostos em plenário.
Durante os oito anos de gestão, Auricchio contabiliza sete contas aprovadas pelo TCE. A de 2011 deve chegar à Comissão de Finanças da Câmara na semana que vem e em até 30 dias será votada pelo plenário. A Casa tem o poder de reverter o aval positivo dado pela corte nas finanças. Para isso, são necessários votos de pelo menos 12 dos 19 vereadores.
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