Política Titulo Ainda em Pauta
Eder critica execução das finanças de 2012

Vereador de São Caetano aponta problemas nos gastos, na primeira sessão do semestre

Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande ABC
07/08/2013 | 07:00
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Tiago Silva/DGABC


Principal assunto do início de mandato do prefeito de São Caetano, Paulo Pinheiro (PMDB), a dívida pública de R$ 264,5 milhões herdada da administração passada retornou ao centro do debate da Câmara na sessão de volta do recesso, ontem. Desta vez, o vereador Eder Xavier (PCdoB) utilizou aparatos tecnológicos para exibir um vídeo com informações sobre o passivo embasado em dados do TCE (Tribunal de Contas do Estado).

O comunista comparou o desempenho financeiro do ex-prefeito e atual secretário paulista de Esporte, Lazer e Juventude, José Auricchio Júnior (PTB), de 2011 e 2012. O parlamentar ressaltou que no primeiro ano citado o petebista deixou cerca de R$ 3 milhões negativos, com receita de R$ 956,9 milhões, e no período seguinte, com previsão de R$ 893,8 milhões, os restos a pagar foram os R$ 264,5 milhões. O ex-prefeito fala em R$ 120 milhões.

“Não era nada pessoal com o Auricchio. Fui ao TCE buscar esses dados, me sinto realizado com essa demonstração. Mas a administração dele ocultou dados. Será que não armou uma bomba em acordo com as empresas para o Paulo Pinheiro não conseguir agir? Como estava maravilhoso, tudo bem, em 2011, ele tinha 90% de aprovação e a prefeita não é a (ex-prefeiturável governista) Regina Maura (ex-PTB)?”, contestou.

De acordo com Eder, o petebista recebeu cinco avisos do TCE de que as contas do Paço não iam bem. No começo deste ano, o discurso do comunista era de que o passivo deveria ser discutido na Justiça, pois efetuar pagamentos seria concordar com as despesas “suspeitas” realizadas pelo ex-prefeito. “O governo já pagou entorno de R$ 100 milhões dessa dívida”, lamentou o parlamentar.

Além disso, Eder tentou emplacar uma CPI para apurar a diferença de versões sobre o débito, pelas divergências de dados divulgados pela antiga e atua administrações. A proposta se tornou uma comissão mista entre Executivo e Legislativo e evitou que os assuntos tratados fossem expostos em plenário.

Durante os oito anos de gestão, Auricchio contabiliza sete contas aprovadas pelo TCE. A de 2011 deve chegar à Comissão de Finanças da Câmara na semana que vem e em até 30 dias será votada pelo plenário. A Casa tem o poder de reverter o aval positivo dado pela corte nas finanças. Para isso, são necessários votos de pelo menos 12 dos 19 vereadores.




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