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Quinta-Feira, 18 de Abril de 2024

‘Fake news’ e suas implicações
Por Simpi-SP
01/08/2018 | 07:16
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Fake news consiste na distribuição deliberada de informações falsas, frequentemente fabricadas sob disfarce de notícias jornalísticas sensacionalistas, com a finalidade de não só de chamar a atenção ou fazer sátira humorística, mas, também, provocar desinformação, ou seja, enganar, manipular e tumultuar a opinião pública para induzi-la em erro, gerando danos de diversos graus, desde pequenos constrangimentos até um eventual pânico generalizado.

Embora seja um fenômeno antigo e conhecido nos meios de comunicações convencionais, o processo de difusão de boatos ganhou ainda mais alcance e intensidade com o advento da internet, através das redes sociais como o Facebook, Twitter e WhatsApp, uma vez que os usuários deixam de ser apenas consumidores dessas inverdades, mas, também, passam a ser potenciais disseminadores delas. “Isso é motivo de grande preocupação, especialmente quando são lançadas em períodos críticos, como nas eleições, haja vista o que se sucedeu durante a última campanha presidencial norte-americana”, explica Eugênio Bucci, professor-titular da ECA-USP (Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo).

O especialista recomenda aos usuários que analisem, de forma crítica, as notícias que recebem, compartilhando somente aquelas em que haja absoluta certeza de sua veracidade, principalmente quando atingem a reputação de pessoas, de empresas e, até mesmo, de governos. “Esperem alguns dias antes de replicarem manchetes excessivamente chamativas, desconfiando daquelas que se parecerem por demais inacreditáveis e inverossímeis, além de verificar se há evidências concretas sobre fatos relatados, se a fonte goza de credibilidade e se, principalmente, a mesma história foi publicada por outros veículos confiáveis na mídia”, orienta Bucci.

Análise: desempenho da economia em 2018

Para entendermos o desempenho da economia de 2018 é preciso relembrar as expectativas que estavam sendo criadas em 2017: com a aprovação de algumas reformas no ano passado, como a trabalhista, a emenda constitucional do teto de gastos públicos e um ambiente externo favorável, criou-se a expectativa de que este ano seria bem melhor para a economia brasileira. “De fato, o desempenho do primeiro trimestre confirmou essa tendência, mas dois grandes episódios no fim do primeiro semestre mudaram radicalmente esse cenário: a paralisação dos caminhoneiros e a forte disparada da cotação do dólar”, afirma o professor-doutor Simão Davi Silber, da USP (Universidade de São Paulo) e especialista em economia internacional. Segundo ele, até o mês de maio, as projeções do desempenho da economia eram de 3%. Essa expectativa, contudo, já caiu para 1,5%, muito em razão dessas turbulências. “Portanto, teremos um 2018 muito parecido com 2017, ou seja, com crescimento próximo ao 1%, número esse que é bastante modesto, para um País que enfrentou uma profunda recessão em 2015-2016”, diz o docente.

Silber também afirma que o mercado financeiro está muito cético em relação ao futuro brasileiro, porque, até agora, nenhum candidato à Presidência se comprometeu com reformas estruturais sólidas, fato esse que, de certo, também irá comprometer o desempenho do segundo semestre. “Ainda há a esperança de um desempenho melhor a partir de 2019, mas tudo isso vai depender do próximo governo. De certo, o que ainda temos de favorável ao caso brasileiro são dois fatores: inflação está controlada, na casa dos 4%, e contas externas estão consideravelmente equilibradas. Portanto, se não ocorrerem novos fatos intempestivos, existem condições adequadas para que o ano que vem seja melhor do que 2018”, conclui o especialista.
 




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