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Santo André
Família de coruja em risco de extinção faz morada em cemitério

Animais da espécie mocho-diabo são mais comuns em áreas florestadas

Bianca Barbosa
Especial para o Diário
16/01/2018 | 07:00
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Claudinei Plaza/DGABC


 Árvore no Cemitério da Vila Assunção, em Santo André, se transformou em lar para família de cinco corujas da espécie mocho-diabo (cujo nome científico é Asio stygius). A ave, mais comum em áreas de floresta, está entre aquelas que correm risco de extinção a médio prazo.

Sargento Juliano, diretor-superintendente do Serviço Funerário de Santo André, destaca ter sido um dos primeiros a encontrar o casal e três filhotes de coruja há cerca de três semanas. “Sempre que lembro vou dar uma olhada nelas. Os filhotes permanecem juntos o dia todo. Os pais ficam em lados opostos da árvore e caçam à noite para alimentar os pequenos”, destaca. Este é o segundo ano seguido que os animais fazem ninho na mesma árvore, conforme os funcionários do cemitério.

O biólogo Alex Sandro Casemiro observa que o fato de a família ter feito ninho na copa da árvore do Cemitério da Vila Assunção indica que consideram o local seguro. O mais provável é que o grupo tenha migrado para o centro urbano em busca de alimentos. “São aves de hábitos noturnos, então é difícil encontrá-las durante o dia, quando ficam camufladas nas folhas das árvores.”

O nome mocho-diabo, explica o biólogo, se dá pela característica física da coruja: tem coloração escura, duas penas na cabeça que se assemelham a chifres. Além disso, à noite, quando há reflexo da luz, os olhos ficam vermelhos. “Esses animais se alimentam de pequenas aves, insetos e pequenos vertebrados, como os ratos. O ideal é manter essa ave no local onde se instalou e conscientizar a população para que não a incomode”, aconselha Casemiro.

O Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) informou, por meio de nota, que será feita visita ao cemitério ainda nesta semana para que seja avaliada a necessidade de remoção da família. Se necessário, o grupo será enviado a um centro de reabilitação de fauna silvestre ou centro de triagem de animais silvestres. “Esta espécie é considerada ameaçada de extinção na categoria vulnerável, ou seja, apresenta alto risco de extinção a médio prazo”, completou a autarquia.




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