O ministro de Finanças da França, Michel Sapin, minimizou hoje as possíveis consequências que uma eventual saída da Grécia da zona do euro teriam em outros países europeus, num momento em que a região se prepara para a Grécia anunciar calote sobre pagamentos de dívidas.

"Para a Europa, para outros países europeus, é uma dificuldade, mas não um drama", disse Sapin à emissora de televisão France 2. "Não é uma reviravolta econômica repentina," acrescentou.

Segundo Sapin, os mercados financeiros compartilham sua visão. Embora tenham caído ontem, os ativos financeiros voltaram para níveis vistos uma semana antes e o juro dos bônus franceses não se alterou muito.

Após as negociações entre a Grécia e credores internacionais terem fracassado no fim de semana, Atenas ficou sem recursos para pagar ao Fundo Monetário Internacional (FMI) uma dívida de 1,55 bilhão de euros (US$ 1,74 bilhão) que vence nesta terça-feira.

Para Sapin, o calote não terá "grandes consequências" se a Grécia retomar logo as negociações. Ele afirmou também que mais importante será o resultado do plebiscito convocado por Atenas para o próximo dia 5, para consultar a população sobre medidas de austeridade exigidas pelos credores para liberar novo auxílio financeiro. Se os gregos aprovarem as medidas, as conversas serão retomadas, disse o ministro. Mas se não aprovarem, "entraremos em território inexplorado com riscos reais, mas com riscos principalmente para a Grécia", avaliou. Fonte: Dow Jones Newswires.