Automóveis Titulo 60 anos
Scania lança série especial e acredita em crescimento
Vagner Aquino
28/04/2017 | 07:14
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Divulgação/Scania


A planta da Scania, em São Bernardo, dá emprego para mais de 3.000 pessoas. E todo esse pessoal sempre foi treinado para fazer o melhor, afinal, é de lá que saem quase 10 mil caminhões por ano – e 70% deste montante é destinado a cerca de 30 mercados externos, que englobam países da América Latina, Oriente Médio, África e Ásia. Desde 1962 no mesmo local, o complexo (que também produz ônibus e motores) serve para manter o Brasil como espelho da Suécia (sede da marca) e é de olho nisso que a fabricante resolveu investir R$ 2,6 bilhões, até 2020, em suas operações.

O valor visa contemplar atualização e modernização do parque industrial, ampliação da rede de concessionários e desenvolvimento de novos produtos. Enquanto estes não chegam, o cliente pode contar com mais um integrante no portfólio: a releitura do clássico 113 (de 1991), que chegou ao mercado, com preços a partir de R$ 415 mil, para celebrar os 60 anos de operações da marca no País, a serem completados em julho. Sim, em 1957 a Scania se instalava num escritório na Capital.

Chamado de Edição Especial 60 anos, o caminhão tem como base os modelos R 440 (6×2, 6×4 e 8×2) e R 480 (6×4) nas versões Highline Streamline. A série (limitada a 60 unidades, das quais 30 já foram vendidas) traz a emblemática cor azul-celeste na carroceria e, a exemplo do modelo do século passado, tem faixas laterais em tons rosa, lilás e roxo.

Ao contrário do modelo original (que tinha motor 11 litros e potência entre 310 e 450 cv), a novidade vem com bloco 13 litros e 440 cv (ou 480 cv), além de dois pacotes de equipamentos. No Clássico, faróis de xenon e geladeira. Já o Clássico Estilo acrescenta rodas de alumínio polido, revestimento dos bancos e volante em couro e painel color plus.

CARONA
E nós fomos até a sede da fabricante para dar uma volta a bordo do modelo. Com painel voltado ao motorista e acabamento em dois tons, o interior do modelo (440 6x2) não fica devendo à concorrência, composta, entre outros, por Mercedes-Benz Axor e Volvo FH.

A motorização dá conta do recado. O torque de 234,5 mkgf (disponível entre 1.000 rpm e 1.300 giros) empurra o bichão com auxílio da transmissão automatizada de 12 marchas, que funciona com trancos moderados e traz a comodidade das trocas sequenciais – manuseada por aleta atrás do volante. Isso garante, também, mais economia de combustível. Aliás, durante nosso pequeno trajeto (entre a fábrica de São Bernardo e a Estrada Velha de Santos), o consumo médio foi de quase 4 km/l, porém “não dá para cravar um número porque tudo depende do implemento, do peso e do pé do motorista”, enfatiza o instrutor da Scania Sérgio Brandão Lee, que destaca os três principais recursos em prol do motorista: piloto automático, freio retarder e controlador de velocidade em descida, que basicamente evita o aquecimento das lonas, ganhando em eficiência.

MERCADO
“A Scania manterá o plano de estreitar o relacionamento com seus clientes e, também, quer fazer com que suas soluções integradas de produtos e serviços cheguem a transportadores que ainda não atuam com a marca”, diz Roberto Barral, diretor-geral da Scania no Brasil. Para ele, a fabricante (que fechou o primeiro trimestre com 11,14% de participação no mercado) deve crescer de 10% a 15% em sua faixa de atuação – segmento acima de 16 toneladas, ramo que lhe rendeu 18,3% de share.

“Acreditamos que o mercado será melhor neste ano, especialmente a partir do segundo semestre”, finaliza o executivo.




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