Diretor Executivo Jurídico da FUABC (Fundação do ABC), o presidente do PSDB de São Caetano, Moacyr Rodrigues, está com a permanência no cargo ameaçada. Após a eleição de Paulo Bottura (Pros) à presidência da Câmara são-caetanense, em novembro, que contrariou o Palácio da Cerâmica e contou com apoio do genro do tucano, o vereador Beto Vidoski (PSDB), o bloco de oito parlamentares governistas passaram a pressionar o prefeito Paulo Pinheiro (PMDB) a cortar o espaço do oposicionista.

Moacyr Rodrigues chegou à FUABC por indicação de Vidoski ao presidente da entidade, Marco Antonio Santos Silva, que é ex-secretário de Governo na gestão Pinheiro. O tucano só se manteve no posto em razão da distância do comando da organização com o Paço. No último dia de 2014, por exemplo, Pinheiro promoveu demissão em massa de 78 servidores comissionados. A ação foi represália aos apoiadores da vitória de Bottura, que tiveram a maioria dos aliados desligados do Executivo nessa mesma leva. 

A manutenção de Moacyr Rodrigues tem gerado incômodo ao grupo dos oito vereadores que se mantiveram fiéis ao prefeito. “Há um certo desconforto daqueles que deram apoio ao Paulo Pinheiro, que são sustentação”, externou o parlamentar Eder Xavier (sem partido). 

O secretário de Governo, Nilson Bonome (PMDB), conversou com o G-11 e já garantiu governabilidade. O diálogo pode salvar a demissão do mandatário tucano na FUABC e repatriar os aliados exonerados. Vidoski foi um dos primeiros vereadores  recebidos pelo peemedebista.