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Quinta-Feira, 18 de Abril de 2024

EUA x China: e o Brasil?
Por Do Diário do Grande ABC
06/06/2018 | 09:08
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Artigo

Dados da consultoria multinacional Thomson Reuters mostram que a China é, hoje, o maior parceiro comercial do Brasil. Em 2017, a corrente de comércio entre os dois países chegou a quase US$ 74,8 bilhões, com exportações de US$ 47,4 bilhões, que representaram alta de 35,1% em relação a 2016, e importações de US$ 27,3 bilhões, com a China absorvendo 21,8% das exportações brasileiras e respondendo por 18,1% das importações feitas pelo Brasil. Em razão disso, o País obteve superavit de US$ 20,1 bilhões. Com exceção do México e da Colômbia, a China é, de longe, o maior parceiro dos principais países latino-americanos.

Os Estados Unidos são o segundo maior parceiro comercial do Brasil, tendo fluxo de comércio bilateral superado US$ 51,6 bilhões em 2017. Depois de oito anos de deficits, o maior deles no valor de US$ 11,3 bilhões em 2013, o Brasil em 2017 voltou a obter superavit no comércio com os Estados Unidos, com saldo de US$ 2 bilhões. Os Estados Unidos têm sido o principal destino de exportação de produtos brasileiros manufaturados e semimanufaturados – 75% da pauta exportadora. No entanto, as decisões protecionistas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, podem impactar negativamente as trocas entre os dois países. Eventual sobretaxação dos norte-americanos para o aço brasileiro poderá abalar o intercâmbio entre as duas nações, já que mais de 35% da produção nacional são exportados para os Estados Unidos. Além disso, Trump anunciou que colocará barreiras às importações de alumínio, com acréscimo de 10% na tarifa.

Isso mostra que atitude dos Estados Unido frente à crescente presença da China no Brasil e, de modo geral, na América Latina mudou e a região pode se transformar em cenário relevante na disputa estratégica entre as duas potências, ainda mais se o país asiático intensificar sua colaboração na área de defesa. Diante disso, parece claro que essa disputa, dificilmente, trará vantagens para o Brasil e para os demais países latino-americanos. Pelo contrário. Obviamente, esse cenário preocupante é resultado de política externa equivocada que fez clara opção pelo comércio com a China, em detrimento daquele que se fazia com os Estados Unidos. Já o México fez opção oposta, aprofundando seu intercâmbio com o vizinho do Norte.

Resultado: em 2017, o intercâmbio do México com os norte-americanos foi, de longe, o maior entre todos registrados pelos países da região. As exportações mexicanas para o mercado norte-americano totalizaram US$ 327 bilhões, quase alcançando o fluxo total de comércio do Brasil, que no ano passado somou US$ 367 bilhões (exportações de US$ 217 bilhões e importações de US$ 150 bilhões).

Milton Lourenço é presidente da empresa Fiorde Logística Internacional, de São Paulo.

Palavra do leitor

Poesias
Querida poetisa e leitora Simone Cristina Bazilho, sabe aquela estrelinha bem insignificante lá no alto do céu? Talvez ela possa responder a pergunta que fez na poesia Solidão neste querido Diário (Cultura&Lazer, dia 3). ‘Muitas vezes me pergunto se a solidão é o caminho. As estrelas ainda não me responderam. Talvez estejam me poupando da dor’. Na minha opinião, a solidão é dor tão intensa como as dores do parto, mas que, ao cessarem, vêm acompanhadas de paz muito almejada. É na solidão que consigo ter as melhores inspirações para a música e as poesias. Muitas vezes é na calada da noite que me inspiro. Solidão é sinônimo de paz.
Maria Thereza José
Santo André

Entrevista da semana
Que auspicioso saber que este prestigioso periódico resolveu brindar os leitores, com entrevistas, sempre às segundas-feiras, com personalidades do Grande ABC que são referência nas suas áreas de atuação. Que deleite saber que o atuante museólogo Nilo de Almeida foi escolhido para ser o primeiro entrevistado. Ele sempre atende calorosamente e de braços abertos os felizardos visitantes da Casa do Olhar de Santo André. Parabenizo o jornalista Vinícius Castelli, que fez perguntas bem formuladas, dando a oportunidade ao leitor, que não conhece a competência e erudição do entrevistado, saber que a Casa do Olhar é muito bem gerida. Também parabenizo o repórter fotográfico Claudinei Plaza, que soube captar e eternizar – com primor – o carisma do Nilo.
João Paulo de Oliveira
Diadema

Esperança
Ao ler este jornal nesta manhã (terça-feira, 5), muito me alegrei em ver as escolhas que tem feito a prefeita em exercício aqui em minha cidade ao nomear pessoas que bem sei que têm o temor de Deus em suas vidas. Minha oração é que essa nova administração traga alegria ao povo de Mauá. Que saibam, sintam e façam o que os mais necessitados precisam, que é uma saúde digna e comida boa para as crianças. Que melhorem também o transporte para os trabalhadores e cuidem das praças e parques onde nossas crianças e idosos possam ter momentos de prazer. Diante dessas notícias, nós, munícipes, nos enchemos de esperança.
Rosangela Caris
Mauá

Juiz obsessivo
Gilmar Mendes é um juiz obsessivo-compulsivo sempre que o assunto seja levar adiante o desmonte da Lava Jato, jogando areia no trabalho da Polícia Federal e do Ministério Público. O que justificaria ele colocar em liberdade esse grupo de doleiros que tanto tem a desvendar, sob alegação de que não cometeram atos de violência? Se é por falta de sangue, quero lembrar que esses senhores e seus digníssimos clientes são responsáveis por cada paciente não atendido ou muito mal atendido nas unidades hospitalares; por cada bala de traficante que mata. Eles praticam tráfico e lavagem de dinheiro, isso é pouco? Para Gilmar Mendes, doleiros não são criminosos, apenas cometem leves infrações. Minha pergunta é: não terão esses doleiros algo a declarar que possa sensibilizar em excesso a alma delicada de nosso juiz obsessivo-compulsivo? Perguntar não ofende!
Mara Montezuma Assaf
Capital

PCC em ação
No domingo, o Estadão publicou um gráfico minucioso sobre atuação do PCC em todo o País, dando número de representantes, áreas de atuação, guerra entre PCC e outras facções em cada Estado etc. A nós, brasileiros, fica uma pergunta: se um jornal teve acesso a todos esses detalhes, o que vem fazendo a inteligência nacional para não trancafiar todos em regime de segurança máxima? Fazem levantamento, sabem nomes e atuação, mas ficam esperando o quê? Que se matem? Ônibus estão sendo queimados em todo o País em protestos acionados por dirigentes do PCC, mas os verdadeiros mandantes, presos ou não, continuam agindo como se não existisse Estado. Não dá mais para esperar com conversa fiada e levantamento de dados. Ainda temos ou não Estado no comando, antes que a situação fique ainda mais fora do controle?
Beatriz Campos
Capital 




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