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Sexta-Feira, 19 de Abril de 2024

Geek Economy: entenda
Por Do Diário do Grande ABC
25/12/2017 | 07:00
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Você já ouviu falar em Geek Economy? Este é o nome que tem sido utilizado para a economia que intermedia os desenvolvedores de app ou api e as plataformas em que estes aplicativos são disponibilizados – que em geral são as lojas como a Apple Store e Google Store.

O desenvolvedor ou geek desenvolve o aplicativo e sobe na plataforma. Se for algo bom, as pessoas gostarem e começarem a comprar, ele ganha um percentual do valor pago para cada vez que o produto ou app é baixado. Por exemplo, uma parte fica com a Google Store e outra parte com o desenvolvedor do aplicativo. O criador começa a somar um ‘dinheirinho’ todo mês, que corresponde à venda do aplicativo. Assim, se o geek desenvolve algo realmente bom, que muitas pessoas baixam, ele consegue ter boa reserva financeira a partir de uma aplicação. Mas e se for um aplicativo desenvolvido em conjunto? Desenvolvem e ganham da mesma forma que uma pessoa individualmente receberia.

‘NOVO’ MARKETING
O que é interessante neste modelo é que os especialistas mais radicais falam que não adianta investir dinheiro em marketing. Então, como funciona a relação das pessoas que baixam o aplicativo? Em geral, é por indicação. Por exemplo, alguém desenvolveu um jogo muito bacana e tem usuário que experimentou e gostou. Ele conta na sala de aula. A tendência é de que vários colegas baixam, mesmo que ninguém tenha visto nada, já que não saiu na mídia, não teve uma comunicação sobre o app. O boca-a-boca e a funcionalidade de servir é o que faz com que ele seja baixado, ‘consumido’.

Isso cria uma grande diferença no modelo de publicidade e propaganda que se tem hoje. Primeiro que, quando se faz uma propaganda neste mercado, ela veicula muito mais nos canais digitais que nos mais tradicionais. Poucos ainda utilizam o recurso do anúncio em veículos de massa. A maioria investe a verba de marketing em outras coisas ou até mesmo a reverte para o acionista, porque a forma como se comunica neste cenário é totalmente diferente.

Quando se pergunta se este novo modelo poderá ser aplicado para outros segmentos, na minha visão, muitos terão uma transformação radical. Hoje, a forma de você chegar nas pessoas é muito mais digital, pelas redes sociais, Youtube, aplicativos. Os adolescentes pegam muito conteúdo no Youtube. A formação de opinião que antes era feita por publicitários ou jornalistas hoje fica muito mais nas mãos de especialistas e comediantes que estão em mídias sociais.

Vemos uma revolução em vários segmentos. Quando falamos do mercado de transportes, por exemplo, com o advento do Uber e outros concorrentes você já se comunica de forma diferente, assim como quando você vai para o setor hoteleiro e temos o Airbnb. Cada segmento em que acontece uma disruptura, cria-se uma maneira de comunicar diferenciada e a tendência é que cada vez mais isso aconteça.

O mercado de comunicação vai mudar muito. Não vai existir mais puro marketing, e sim o marketing vinculado à tecnologia. A educação tende a mudar muito neste sentido e os grandes núcleos educacionais já vêm se preparando para isso. Feliz Natal! Siga confiante e boa sorte! 




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