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Técnico do Santo André não teme oscilações na carreira

Péssimo resultado diante do Fortaleza não chegou a provocar estragos na estrutura psicológica do grupo

Por Nelson Cilo
Enviado a Recife
04/08/2008 | 07:14
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Depois da recente derrota do Santo André diante do Fortaleza, na casa dos cearenses, pela Série B do Brasileiro, Sérgio Soares aproveitou o único dia reservado à folga do elenco para conversar no saguão do Shelton Inn, em Jaboatão dos Guararapes, na Grande Recife. O pano de fundo era o tropeço do Castelão.

O péssimo resultado não chegou a provocar maiores estragos na estrutura psicológica do grupo. No entanto, o comandante conta que permaneceu atento às mais diferentes reações no grupo. "É normal que a gente fique chateado numa circunstância como essa, mas não podemos baixar a cabeça", sugeria o treinador, às vésperas de o time topar o segundo confronto consecutivo pelo Nordeste na tentativa de se reabilitar contra o ABC, às 19h30 desta terça-feira, em Natal.

Na mesma noite em que o Santo André havia parado no Fortaleza, o Fluminense não resistiu à Portuguesa no Canindé. Então, Sérgio Soares ouviu na ESPN uma entrevista do colega Renato Gaúcho, que já admitia entregar o cargo no Tricolor carioca. "Olha como são as coisas. Recentemente, ele (Renato) se ajoelhava no Maracanã para agradecer a Deus pela vaga conquistada na Copa Libertadores. Demorou um pouco para que o Flu saísse do torneio (sul-americano), mas agora continua entre os últimos do Brasileiro. É assim mesmo. A nossa cultura esportiva sempre responsabiliza os treinadores nas fases ruins", constata.

Sérgio Soares jura que nunca mudou de comportamento nem nos bons momentos nem nos filmes de aparentes fracassos. Ele recorda que, em 1996, defendia o Palmeiras e logo se transferiu para o clube japonês do Kyoto. "Foram dois instantes de muita evidência na minha vida. Me lembro que as crianças japonesas corriam atrás de mim nos treinos ou nos jogos. Todos me perseguiam para pedir autógrafos. De repente, estou anônimo lá no Juventus. Via tudo aquilo naturalmente. Nunca perdi o meu jeito realista", exemplifica Sérgio Soares, ao reprisar as oscilantes imagens que caracterizam um meio reconhecidamente volúvel.

Dúvidas - O médico Ruy de Oliveira não conseguiu concluir o relatório sobre os contundidos para que Sérgio Soares possa confirmar o Santo André. Neneca melhorou bem de um ferimento no dedão do pé direito, mas o goleiro encara novos testes nesta segunda-feira. Domingo (domingo), antes do embarque de ônibus - de Recife para Natal - o camisa um parecia otimista quanto às chances de atuar contra o ABC, nesta terça-feira à noite, na casa do adversário.

O quadro clínico do zagueiro Douglas e do meia Pará parece mais complicado. Ambos reclamam de uma lesão idêntica, mas em joelhos diferentes. Uma espécie de tendinite incomoda o zagueiro na parte anterior esquerda. Já o armador sente discretas dores na rótula direita. Os dois enfrentaram um tratamento intensivo no fim de semana.




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