Automóveis Titulo Crédito
Financiamento de
carros sobe em julho

Em relação a junho, houve alta de 16%; porém,
vendas a prazo são 10% menores frente a 2013

Por Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
13/08/2014 | 07:05
Compartilhar notícia
André Henriques/DGABC


Os financiamentos de veículos apresentaram melhora em julho na comparação com junho, mas ainda seguem com retração se comparados com o mesmo período de 2013, aponta a Cetip, empresa que opera o SNG (Sistema Nacional de Gravames), base integrada de informações que reúne o cadastro das restrições financeiras de veículos que são utilizados como garantia em operações de crédito em todo o Brasil.

Considerando automóveis de passeio e comerciais leves, motocicletas, veículos pesados e outros (implementos agrícolas, por exemplo), foram vendidas 537 mil unidades no mês passado, alta de 16% em relação ante junho deste ano e queda de 10% frente a julho de 2013.

A queda, em relação ao mesmo mês do ano passado, foi bem mais acentuada nas compras a prazo de carros novos. Entre os que a Cetip classifica como autos leves (automóveis e comerciais leves), o volume financiado de zero-quilômetro caiu 17%, enquanto no caso dos com algum tempo de uso, a diminuição foi bem pequena, de 1,5%. Os dados do levantamento também mostram que, em julho deste ano, autos leves com até três anos de uso tiveram ligeira retração (3,5%) enquanto os com quatro a oito anos de rodagem não tiveram queda nos financiamentos; pelo contrário, tiveram ampliação de 6% em relação ao mesmo mês de 2013.

Para Valdner Papa, que é consultor do segmento automotivo, faz parte da diretoria da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores) e professor de MBA e pós-graduação na ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), os números da pesquisa refletem, entre outros fatores, o comportamento do mercado automotivo. Enquanto as vendas de veículos zero-quilômetro mostram queda em relação ao ano passado, as de usados estão em alta.

Além disso, segundo ele, há o problema da análise de crédito. O especialista explica que os bancos têm análise de risco de não pagamento por faixa de preços, e os carros mais baratos têm menor inadimplência. Em veículos mais caros, como o valor financiado é maior, a qualidade do crédito também precisa ser melhor, afirma. No entanto, ele ressalta que, especificamente no segmento automotivo, o percentual de inadimplentes vem em queda. “Já estava na hora de os bancos voltarem a ampliar participação nesse mercado”, diz.

Outro fator que contribui para o melhor comportamento dos financiamentos de usados é a maior disposição das instituições bancárias em oferecer crédito para a compra de usados, já que as taxas de juros são mais elevadas que no caso dos novos, assinala Papa. Com isso, conseguem obter remuneração melhor. 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.

Mais Lidas

;